O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, endereçou esta sexta-feira "sentidas condolências" à família de Orlando Costa, ator que ficou conhecido por interpretar o detetive 'Zé Gato' na série com o mesmo nome e múltiplos personagens de comédia na série 'Malucos do Riso'.
Numa nota publicada no site da Presidência da República, o chefe de Estado apontou que existem atores que, "por mais longa e diversificada que tenha sido a sua carreira, ficam para sempre ligados na nossa memória a uma ou outra personagem que interpretaram".
Neste caso, elaborou Marcelo, "não é difícil dizer qual a personagem que todos associamos a Orlando Costa": a que desempenhou enquanto 'Zé Gato'.
"Ator de teatro, Orlando Costa trabalhou com o TEC (Teatro Experimental de Cascais), participou ativamente nos primeiros anos da Cornucópia, fez algum cinema (com Eduardo Geada, Jorge Silva Melo, Luís Filipe Rocha, Teresa Villaverde, João Canijo, Margarida Gil ou Tiago Guedes, entre outros) e muita televisão (novelas, séries e telefilmes)", recordou ainda o Presidente da República.
Porém, prosseguiu na mesma nota, a série 'Zé Gato', que esteve no ar entre 1979 e 1980 na RTP2, "revelou-se um trabalho a vários títulos marcante".
Isto porque "assinalou o lançamento do segundo canal da RTP, teve como coargumentista o escritor Dinis Machado, aventurou-se no registo policial, e trouxe à televisão portuguesa um realismo cinematográfico 'sujo' e verossímil ainda hoje raro", pode ler-se no site da Presidência da República.
O ator morreu esta sexta-feira, aos 73 anos, de acordo com a informação avançada por fonte familiar à SIC Notícias. Natural de Braga, Orlando Costa representou em várias séries e novelas dos três canais generalistas, começando pela RTP.
Foi com a série 'Zé Gato', lançada em 1979 na televisão pública, que o ator se destacou pela primeira vez. Porém, conquistou também papéis noutras produções marcantes da televisão portuguesa, como é o caso de 'Conta-me como foi', 'Inspetor Max', 'Morangos com Açúcar' e 'Os Filhos do Rock'.
A sua estreia no mundo da representação deu-se, em 1969, no Teatro Experimental de Cascais, com a peça 'Um Chapéu de Palha de Itália'. Faria, anos mais tarde, a transição para o cinema e para o pequeno ecrã.
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