Marinha reforçou vigilância a trasfega de crude desde início da guerra

A Marinha reforçou a vigilância a tentativas de trasfega de crude na Zona Económica Exclusiva (ZEE) portuguesa desde o início da guerra na Ucrânia e até hoje detetou duas situações suspeitas que suscitaram preocupação.

Notícia

© Noticias ao minuto

Lusa
22/08/2022 13:36 ‧ 22/08/2022 por Lusa

País

Marinha Portuguesa

Contactado pela Lusa a propósito de uma suspeita de trasfega de crude a mais de 155 quilómetros de Portimão (Faro) por parte de um petroleiro com pavilhão da Síria, o porta-voz da Marinha, José Sousa Luís, disse que "desde o início do conflito na Ucrânia que foi aumentada a recolha e tratamento de informação e também foram disponibilizados mais meios, quando necessário".

Desde 24 de fevereiro, dia em que a Rússia invadiu o território ucraniano, a Marinha aumentou a vigilância da atividade conhecida como "bunkering" -- proibida ao abrigo da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar por causa da possibilidade de provocar um desastre ambiental -- e "até há 15 dias não tinha tido nenhum movimento suspeito".

No entanto, uma suspeita na ZEE da Madeira e outra ao largo de Portimão levaram à intervenção da Marinha.

De acordo com um comunicado divulgado no domingo, um navio petroleiro que estava a cerca de 85 milhas náuticas de Portimão alegou uma "avaria nas máquinas principais", que necessitava "de algumas horas" para as reparar e que estava a "aguardar instruções da companhia sobre o porto de destino".

A Marinha suspeitava de que o petroleiro estava a iniciar os "preparativos para a prática de abastecimento e trasfega de crude", mas algumas horas depois "iniciou a navegação" para fora da Zona Económica Exclusiva portuguesa.

O porta-voz da Marinha acrescentou que a recolha e tratamento de informações é feita com recurso a "sistemas de controlo remoto, quer civis, quer militares" e que no âmbito desta vigilância, que já era "permanente" antes da eclosão da guerra na Ucrânia, já foi necessária recorrer a "um submarino na ZEE dos Açores".

Leia Também: Marinha interceta petroleiro com "movimento suspeito" em águas nacionais

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas