A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) decidiu instaurar uma inspeção ao caso da mulher grávida que morreu este sábado durante uma transferência do Hospital de Santa Maria, integrado no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, E.P.E., para o Hospital São Francisco Xavier, integrado no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E..
A inspeção tem por objetivo responder a um conjunto de questões onde se inclui perceber "se existiam soluções alternativas e mais seguras à transferência da utente".
De acordo com comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, o IGAS indica que pretende responder às seguintes questões (além da anterior já referida):
"Qual foi a razão pela qual a utente foi transferida entre as duas unidades hospitalares? Quem foram os responsáveis pela decisão de transferência e sob que pressupostos clínicos asseguraram que a utente poderia ser transferida em segurança? Qual era a situação do Serviço de Neonatologia do Hospital de Santa Maria na data da transferência da utente? Em que circunstâncias ocorreu a morte da utente?", detalha o documento.
Na mesma nota, o IGAS aponta que realizará um relatório do processo de inspeção "à semelhança do que foi efetuado no caso de um processo concluído recentemente".
Em causa está a morte da mulher de 34 anos no sábado após sofrer uma paragem cardiorrespiratória durante uma transferência de ambulância entre hospitais.
A grávida sofreu uma paragem cardiorrespiratória que durou 17 minutos. Já no hospital, entrou em coma profundo até ter sido detetada morte cerebral. O óbito acabou por ser declarado no sábado.
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