"As piscinas, cobertas, encerram todos os anos entre 15 de agosto e 15 de setembro, para trabalhos de manutenção e limpeza. Este ano, decidimos não a encher de novo até que a situação de seca esteja ultrapassada", explicou António José Domingues.
Segundo o autarca, as piscinas "tinham uma afluência média mensal de 900 pessoas", com "aulas para crianças e idosos, e natação adaptada", existindo ainda protocolos com associações concelhias para a utilização do equipamento.
"Este conjunto de atividades fica, para já, suspenso", declarou António José Domingues, referindo a necessidade de perceber que a decisão é "um mal necessário" devido à seca.
António José Domingues acrescentou que em junho a Câmara tomou outras medidas para poupança de água nos serviços municipais, incluindo a lavagem de viaturas e a rega de jardins e outros espaços públicos.
A seca prolongada no continente está a afetar culturas, levou a cortes no uso da água e obrigou aldeias a serem abastecidas com autotanques.
Desde outubro de 2021 até agosto choveu praticamente metade do que seria o normal, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O IPMA colocava no final de julho 55,2% do continente em situação de seca severa e 44,8 em situação de seca extrema. Não havia nenhum local continental que estivesse em situação normal ou em seca fraca ou mesmo em seca moderada.
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