António Costa chegou a Nova Iorque na segunda-feira para participar no debate geral anual entre representantes dos 193 países da ONU, em que irá intervir na quinta-feira, regressando nesse dia a Portugal.
O encontro entre líderes mundiais nesta sessão da Assembleia Geral da ONU é o primeiro desde que a Federação Russa invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro, dando início a uma guerra que já leva quase sete meses.
A 77.ª sessão da Assembleia Geral da ONU tem como lema "Soluções por meio da solidariedade, sustentabilidade e ciência". O tema do debate geral é "Um momento divisor de águas: soluções transformadoras para desafios interligados".
Seguindo a tradição na ONU, o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, será o primeiro a discursar -- numa altura de campanha interna, a menos de duas semanas para as eleições brasileiras de 02 de outubro, em que se recandidata ao cargo.
À margem da Assembleia Geral da ONU, António Costa tem agendada para hoje uma reunião com o presidente de assuntos globais da Google e diretor jurídico da Alphabet, Kent Walker.
O programa de hoje do primeiro-ministro termina com um encontro com funcionários portugueses das Nações Unidas e membros da comunidade portuguesa.
Na quinta-feira, António Costa fará a sua terceira intervenção no debate geral anual entre chefes de Estado e de Governo dos 193 membros da ONU, em que participou em 2017 e em 2020 -- nessa segunda vez não presencialmente, mas por videoconferência, devido à pandemia de covid-19.
O primeiro-ministro está em Nova Iorque acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, que tem mantido uma agenda intensa de reuniões bilaterais à margem da Assembleia Geral da ONU.
Portugal, que lançou em 2016 a candidatura vencedora de António Guterres a secretário-geral da ONU, entretanto reconduzido no cargo em 2021 e com mandato até ao fim de 2026, é candidato a um lugar de membro não-permanente no Conselho de Segurança da ONU no biénio 2027-2028 -- processo que foi anunciado em 2013 pelo então ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas e para o qual, no ano passado, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pediu a confiança dos Estados-membros das Nações Unidas.
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