Em comunicado, o SEF explicou que esta ação conjunta efetuada nos Países Baixos teve como objetivo a identificação de "situações passíveis de configurar o crime de tráfico de pessoas para exploração sexual", nomeadamente de cidadãos ucranianos, e "identificou, em fontes abertas, 11 suspeitos da prática do crime de tráfico de seres humanos e 45 possíveis vítimas", das quais 25 têm nacionalidade ucraniana.
Os resultados foram alcançados a partir de pesquisas na "dark web" e a navegação em algumas redes sociais, sobretudo Facebook, Instagram, Telegram e Twitter.
Entre os principais dados foram destacados os seguintes: monitorização de 114 plataformas 'online' (das quais 30 relacionadas com cidadãos ucranianos), verificação de 53 domínios com suspeitas de ligação a tráfico de seres humanos (10 ligadas a refugiados ucranianos vulneráveis) e de quatro plataformas associadas a exploração sexual infantil na "dark web" e identificação de 20 estruturas na Internet para investigação por tráfico de seres humanos.
A iniciativa coordenada pela Europol permitiu, segundo o SEF, "uma troca de conhecimento, experiência e tecnologia para um melhor mapeamento destas redes criminosas que usam o ambiente 'online' para explorar os mais vulneráveis", contando para o efeito com a participação de 85 especialistas de diversas forças policiais europeias.
Além de Portugal integraram também esta ação Alemanha, Áustria, Albânia, Bélgica, Dinamarca, Eslovénia, Eslováquia, Espanha, França, Finlândia, Grécia, Hungria, Lituânia, Países Baixos, Polónia, Roménia, Suécia, Reino Unido e Ucrânia.
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