Um empresário agrícola de Idanha-a-Nova está em greve de fome em frente ao Palácio de São Bento há mais de 20 dias, devido a uma luta judicial que trava com o Estado há vários meses. Esta é já a terceira vez, em oito meses, que Luís Dias protesta em frente à casa oficial do primeiro-ministro.
Em causa está, segundo a SIC Notícias, o financiamento da reconstrução de uma quinta destruída por uma tempestade em 2017. O empresário acionou, na altura, o apoio para danos causados por catástrofes naturais. O ministério da Agricultura avaliou os mesmos e, dois anos depois, desbloqueou um apoio 140 mil euros, que até hoje Luís Dias garante que ainda não recebeu.
Ao canal de televisão o ministério da Agricultura garante que o apoio de 140 mil euros continua disponível, contudo, a legítima beneficiária, que é a companheira de negócio de Luís Dias, tem de submeter um pedido de pagamento instruído de acordo com os normativos nacionais e comunitários.
Luís Dias garante que até agora as promessas feitas não foram cumpridas e que o caso anda a arrastar-se há meses. "Nós tivemos uma resposta do gabinete do primeiro-ministro a dizer que estavam dispostos a dialogar, mas nunca o fizeram", acusa o empresário de Idanha-a-Nova em greve de fome há três semanas, que não pretende desmobilizar enquanto não tiver respostas.
Entretanto, no Twitter, Luís Dias vai partilhando o dia-a-dia do seu protesto.
Neste momento é importante combater a desinformação do ministério q quer fazer como se estivessemos em 2017. Como se no entretanto não tivessem passado 5 anos e morrido td. Enquanto continuam a arrastar o caso só para fazer preescrever as responsabilidades do secretário de estado
— Luis Dias (@LuisFDias72) September 18, 2022
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