O Ministro da Defesa, Nuno Melo, rejeitou, esta quinta-feira, comentar o luto nacional decretado por três dias, no âmbito da morte do Papa Francisco. Note-se que durante o anúncio desta medida, o Executivo sublinhou que o luto aplicaria limitações, assim com "reserva relativamente às celebrações" do 25 de Abril.
"Não contamino este momento com nenhum outro tema, nomeadamente, de dimensão política, que terá certamente o seu lugar para esse propósito", afirmou aos jornalistas na Nunciatura Apostólica, em Lisboa, onde assinou o livro de condolências, quando questionado sobre que limites e restrições iam haver.
Nuno Melo foi também questionado, no mesmo momento, sobre como reagia às críticas que, entretanto, têm vindo a surgir. Minutos antes, o secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, cometeu, neste âmbito "um erro" na avaliação dos sentimentos dos portugueses.
"Desvalorizou aquilo que é uma data muito importante para os portugueses e não percebeu que comemorar o 25 de Abril não é desrespeitar a memória do Papa Francisco. O Papa Francisco era um amante da liberdade e da igualdade, os valores que celebramos em abril", salientou, em declarações aos jornalistas feitas no Porto.
Também esta quinta-feira o presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, considerou que "cancelar uma festa [que é] a favor da Liberdade, dos direitos humanos, é ofender o Papa Francisco, não é homenagear" e que Francisco era "um homem de Abril."
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