"Francisco era um homem de Abril. Cancelar a festa é ofender o Papa"

O Governo anunciou três dias de luto pela morte do Papa, sublinhando que deveria haver "reserva relativamente às celebrações. O presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, aponta que "cancelar uma festa [que é] a favor da Liberdade" como é a Revolução dos Cravos é ofender o Papa Francisco, "um homem de Abril."

Notícia

© Global Imagens

Notícias ao Minuto
24/04/2025 08:24 ‧ há 5 horas por Notícias ao Minuto

País

25 de Abril

O antigo militar do Movimento das Forças Armadas e presidente da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, reagiu, esta quinta-feira, ao facto de o Governo ter anunciado que pretende abster-se de participar em festividades do 25 de Abril, devido aos três dias de luto nacional, no âmbito da morte do Papa Francisco.

 

Em declarações à Antena 1, Vasco Lourenço sublinhou que "tanto quanto sabe" a Assembleia da República "parece que vai participar, apesar de não intervir", mas, por outro lado, o Governo "não tinha nenhuma atividade específica nas comemorações do 25 de Abril."

"Eu respeito muito o Papa Francisco. Considero que era um homem de Abril. Cancelar uma festa [que é] a favor da Liberdade, dos direitos humanos, é ofender o Papa Francisco, não é homenagear", considerou.

"Isto fala quem admirou e admira muito o Papa Francisco, não sendo católico praticante. Já fui, mas não sou", acrescentou.

Governo não participa em

Governo não participa em "agenda festiva" do 25 de Abril. Há "reserva"

O ministro da Presidência anunciou esta quarta-feira que o Governo cancelou toda a "agenda festiva" e adiou as celebrações relativas ao 25 de Abril, alegando que o luto nacional pelo Papa Francisco implica reserva nas comemorações.

Lusa | 17:08 - 23/04/2025

Note-se que a decisão em causa foi anunciada na quarta-feira em Conselho de Ministros, com o ministro da Presidência a dar conta de que o Executivo tinha aprovado o decreto do luto nacional de três dias pela morte do Papa Francisco. Segundo sublinhou o governante, a legislação aplicável ao luto nacional prevê restrições e limitações, como a colocação da bandeira a meia haste e a "reserva relativamente às celebrações."

Leitão Amaro, sem dar mais detalhes sobre o tipo de reserva que instituições públicas como autarquias devem estar sujeitas, afirmou que o Governo adiou os "momentos festivos" relativamente às celebrações da Revolução dos Cravos para uma "data subsequente" e que os membros do Executivo cancelaram todos os eventos da agenda de natureza festiva como inaugurações e celebrações.

Sobre a realização da sessão solene do 25 de Abril no Parlamento, Leitão Amaro sublinhou que a Assembleia da República "é um órgão autónomo" e que o Governo marcará presença nessa cerimónia.

Leia Também: Tavares considera "chocante" decisão de adiar celebrações do 25 de Abril

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas