Agricultor em greve de fome? "Não há nada a fazer", garante Costa
Luís Dias acusa o primeiro-ministro de o estar a deixar "morrer".
© Twitter / Luís Dias
País Greve de fome
Esta quinta-feira, o deputado único do Livre, Rui Tavares, questionou o primeiro-ministro sobre a situação do empresário agrícola, Luís Dias, que está há três semanas em greve de fome junto ao Palácio de São Bento.
António Costa garantiu que manteve o contacto com o agricultor "várias vezes ao longo dos anos em que tem estado em manifestações". Contudo, afirmou que o Governo "não tem nada a fazer para responder a essa situação".
Perante o protesto de algumas bancadas, o chefe de Governo respondeu que "o senhor não tem razão, não há nada a fazer, é muito simples".
Que vergonha @antoniocostapm em resposta a @ruitavares se não tem razão deixa-se um cidadão morrer? Mas isto é assim? Não serve, não presta, deixa-se morrer? Mas q país é este?pic.twitter.com/Z02z4Ao1ar
— Filipe Froes (@FroesFilipe) September 29, 2022
No Twitter, Luís Dias já reagiu e acusou António Costa de "mentir, em pleno plenário". "Só posso concluir que realmente planeia deixar-me morrer", escreveu o empresário que aproveitou o momento para mostrar uma troca de e-mails entre a sua advogada e o gabinete do secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro.
Nunca pensei que o Primeiro-ministro pudesse mentir a meu respeito em pleno plenário. Só posso concluir que realmente planeia deixar-me morrer. Como sempre disse, o seguinte email foi recebido em março depois de a arbitragem acordada c/ aa Provedoria ter falhado por causa do SEA. pic.twitter.com/R09EEE81jD
— Luis Dias (@LuisFDias72) September 29, 2022
Recorde-se que Luís Dias trava uma luta judicial com o Estado há vários meses. Em causa está, segundo a SIC Notícias, o financiamento da reconstrução de uma quinta destruída por uma tempestade em Idanha-a-Nova, em 2017. O empresário acionou, na altura, o apoio para danos causados por catástrofes naturais. O ministério da Agricultura avaliou os mesmos e, dois anos depois, desbloqueou um apoio 140 mil euros, que até hoje o agricultor garante que ainda não recebeu.
Ao canal de televisão o ministério da Agricultura garantiu que o apoio de 140 mil euros continua disponível, contudo, a legítima beneficiária, que é a companheira de negócio de Luís Dias, tem de submeter um pedido de pagamento instruído de acordo com os normativos nacionais e comunitários.
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