Depois de, em junho, a Polícia Judiciária (PJ) ter apreendido três milhões de doses de cocaína que chegaram a Portugal dissimuladas num carregamento de açaí congelado, foram agora apreendidas armas de fogo, cheques bancários, dinheiro, equipamentos eletrónicos e de telecomunicações e documentação.
Esta operação, que decorreu em várias cidades do Estado do Pará, no Brasil, contou com a participação da Polícia Judiciária e da Polícia Federal do Brasil.
Estas apreensões resultaram de 22 mandatos de busca em residências e empresas, emitidos pelas autoridades judiciárias brasileiras, no âmbito de uma operação policial de combate ao tráfico internacional de estupefacientes, esclarece a PJ em comunicado.
"Esta operação, que teve o suporte da EUROPOL, foi desenvolvida em articulação com investigação em curso em Portugal no quadro da qual, no passado mês de junho, havia sido realizada uma outra operação", que conduziu à apreensão de cerca de 320 kg de cocaína e à detenção de três cidadãos de nacionalidade brasileira em Portugal.
Recorde-se que entre os detidos estava um "oficial no ativo de uma força policial brasileira, que se encontram em situação de prisão preventiva", detalha a PJ.
A cocaína então apreendida fora expedida a partir do Brasil num contentor marítimo que tinha como carga legal declarada polpa de açaí congelado.
A operação hoje realizada (que contou com a presença no terreno de elementos da Polícia Judiciária) assim como a realizada em território nacional no passado mês de junho, "visaram desmantelar uma organização criminosa com base no Brasil e ramificações em Portugal, que se dedicava à introdução de grandes quantidades de cocaína no continente europeu".
As investigações prosseguem em cooperação com as autoridades brasileiras e com o suporte da Europol.
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