O Presidente da República saudou, esta sexta-feira, a atribuição do Prémio Nobel da Paz de 2022 ao ativista dos direitos humanos bielorrusso Ales Bialiatski e às organizações não-governamentais Memorial, da Rússia, e Centro para as Liberdades Civis, da Ucrânia.
"O reconhecimento da persistente luta pela liberdade, pela democracia e pelos direitos humanos, por parte de cidadãos e organizações da sociedade civil, em particular no momento sensível que atravessa a Europa, com a invasão russa da Ucrânia, constitui um justo tributo à coragem e à solidariedade que nos deve inspirar a todos", pode ler-se numa mensagem publicada na página da Presidência.
Recorde-se que o Prémio Nobel da Paz foi hoje atribuído em Oslo, na Noruega, num momento em que a Europa testemunha uma nova guerra após a invasão russa da Ucrânia, iniciada há quase oito meses.
O Comité quis "homenagear três destacados campeões de direitos humanos, democracia e coexistência pacífica nos países vizinhos Bielorrússia, Rússia e Ucrânia", que "através dos seus esforços consistentes a favor de valores humanistas, antimilitaristas e princípios de direito (...) revitalizaram e honraram a visão de paz e fraternidade entre as nações de Alfred Nobel – uma visão mais necessária no mundo de hoje".
A cerimónia de entrega do Nobel da Paz realiza-se a 10 de dezembro (no dia da morte de Alfred Nobel) em Oslo, na Noruega, onde os laureados recebem o prémio, que consiste numa medalha e num diploma, juntamente com um documento que confirma o montante monetário do galardão, que este ano é de 10 milhões de coroas suecas (cerca de 919 mil euros, no câmbio atual) a dividir pelas várias categorias.
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