Paulo Noguês, membro influente da Grande Loja Regular de Portugal (GLLP), anunciou, esta quinta-feira, que criou uma associação de apoio a Henrique Gouveia e Melo para a Presidência da República. O movimento conta já com o apoio de José Manuel Anes, ex-grão-mestre da GLLP e antigo presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorista.
"No 1.º dia útil do ano, quero assinalar que vou apoiar a candidatura do almirante Gouveia e Melo à Presidência da República", anunciou na rede social Facebook.
"Juntamente com um grupo de amigas e amigos, onde pontifica o Prof. Doutor José Manuel Anes, decidimos promover a constituição de uma Associação com esse objetivo", acrescentou.
Segundo Noguês, o movimento será denominado como MAAP - Movimento de Apoio do Almirante à Presidência.
Na mesma rede social, José Manuel Anes partilhou a publicação de Paulo Noguês e acrescentou: "Eu também apoio o almirante Gouveia e Melo para Presidente".
Ao jornal Observador, os responsáveis garantiram que a associação "vai ganhar forma legal entre 13 e 17 de janeiro". No entanto, Paulo Noguês disse que é uma "coincidência" que sejam ambos maçons e negou que a associação de apoio a Gouveia e Melo seja "maçónica".
"Não é maçónica, nem sequer para-maçónica", disse ao Observador. "Tem maçons e não maçons. Também há pessoas da Igreja, e do Opus Dei, que apoiam o almirante. A motivação é patriótica".
Recorde-se que Gouveia e Melo passou à reserva logo após o término do seu mandato, a 27 de dezembro, considerando que "não faz sentido, depois de sair da Marinha, continuar com uma sombra relativamente à Marinha".
Gouveia e Melo, que nunca confirmou nem afastou a possibilidade de entrar na corrida a Belém, afirmou que vai passar a uma "nova fase" da sua vida, mas sem especificar qual, numa altura em que o seu nome é apontado como um dos eventuais candidatos às eleições presidenciais de 2026.
As candidaturas presidenciais são apresentadas ao Tribunal Constitucional (TC) até 30 dias antes da data da eleição, e têm de ser subscritas por um mínimo de 7.500 e um máximo de 15.000 cidadãos eleitores. Só depois de validadas pelo TC as candidaturas são oficiais.
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