Metro Mondego mantém jardim na Solum em Coimbra
O pequeno jardim com árvores junto ao Estádio Cidade de Coimbra, onde estava previsto um parque de estacionamento no âmbito do Sistema de Mobilidade do Mondego, irá manter-se após alteração do projeto por iniciativa da câmara, foi hoje anunciado.
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País Projeto
A zona ajardinada, junto à Rua D. João III, uma pequena via calcetada próxima do Estádio Cidade de Coimbra que permite o acesso ao Jardim-Escola João de Deus e ao Jardim de Infância da Solum, irá manter-se, evitando o abate de árvores previsto naquela zona, afirmou hoje a Metro Mondego, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
O projeto do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), na variante da Solum, previa o abate de árvores ali existentes e a criação de um parque de estacionamento definitivo na mesma zona, referiu a Metro Mondego.
Segundo a nota de imprensa, "na sequência da iniciativa da Câmara Municipal de Coimbra", a solução a implementar "ocupará uma parcela consideravelmente menor da área do jardim, tendo sido estudado um esquema de circulação funcional que, não só preserva as árvores existentes como, adicionalmente, cria condições para a plantação futura de 16 espécimes adicionais".
A empreitada do metrobus que vai servir aquela zona prevê que a Rua D. João III seja dedicada, em exclusivo, à circulação pedonal e à passagem dos autocarros elétricos do SMM, quando neste momento ainda é utilizada pelos encarregados de educação para transportarem as crianças para os estabelecimentos de ensino ali existentes.
Face ao arranque dos trabalhos naquela rua, será necessário o corte da circulação do trânsito automóvel naquela via, tendo sido criado um "pequeno parque de estacionamento provisório, de muita curta duração, designado por 'kiss&ride', que pretende garantir a tomada e largada, em segurança das crianças", durante o período das obras, explicou.
Por causa desta solução, a Infraestruturas de Portugal, dona da obra, está a ponderar utilizar nesse parque provisório "grelhas de enrelvamento e calçada em cubos de granito, nomeadamente para não impermeabilizar a zona afetada".
Segundo a nota de imprensa, "aquando do início da operação do Metrobus, e ponderadas as condições de acessibilidade potenciadas pela nova oferta de transporte público, este espaço voltará a ser requalificado e reposto o arranjo paisagístico e o jardim público atualmente existente".
Os abates de árvores na sequência das empreitadas do projeto do SMM têm gerado contestação por parte de cidadãos de Coimbra, nomeadamente o corte de plátanos centenários na Avenida Emídio Navarro, acusando o município e entidades responsáveis de "atentado ambiental".
Após uma manifestação de vários cidadãos à frente da Câmara Municipal, o presidente do município, José Manuel Silva, salientou que, se pudesse, não cortaria nenhuma árvore.
"Mas, o progresso tem destas coisas e, para instalarmos um meio de transporte coletivo elétrico, amigo do ambiente, é necessário, num ambiente urbano consolidado, proceder a algumas modificações. Não podemos deitar edifícios abaixo, somos obrigados, contra a nossa vontade, a cortar algumas árvores", justificou, na altura, o autarca.
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