"No setor da cultura, desde que constituímos Governo, já regularizámos e abrimos lugares para a entrada nos quadros de 56 trabalhadores", disse a governante, em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita estatutária que o Governo está a efetuar à ilha do Pico, admitindo agora regularizar os restantes casos, "consoante a necessidade dos serviços".
Um grupo de 73 trabalhadores precários, que desempenha funções nas bibliotecas e museus do arquipélago, enviou hoje uma carta aberta ao chefe do executivo açoriano, José Manuel Bolieiro, a manifestar preocupação com a aproximação da data de conclusão dos contratos de trabalho e a eventualidade de poderem ficar sem emprego até ao final do ano.
"Estamos a desempenhar funções de caráter permanente, trabalhamos fora de horas, ao fim-de-semana, não temos férias, picamos ponto e se formos para a rua, sem nós grande parte do trabalho não vai ser realizado", pode ler-se na carta hoje divulgada, que termina com em forma de apelo: "Temos filhos, temos famílias, temos contas para pagar e comida para pôr na mesa".
Sofia Ribeiro diz que esta situação "traduz" a "pesada herança" de precariedade que o atual governo de coligação (PSD, CDS-PP e PPM), liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro, herdou do anterior executivo socialista, que era presidido pelo socialista Vasco Cordeiro.
"Este processo vai continuar a ser analisado como tem de ser analisado qualquer processo de integração e regularização na administração pública. Tem de ser visto sempre em função das necessidades dos museus, das nossas bibliotecas, mas tem sido feito um grande trabalho de integração massiva de trabalhadores nesses serviços, desde que estamos no Governo", insistiu a governante.
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