A ministra da Defesa portuguesa, Helena Carreiras, no contexto de uma reunião que teve com os homólogos da NATO, referiu que o "foco" da reunião desta quinta-feira esteve, em primeiro lugar, numa "reavaliação da postura de dissuasão e defesa da NATO", enquanto "missões fundamentais desta Aliança".
Em causa está um tema que foi tratado através do anúncio do "aumento e da prontidão das forças" militares, "muito focado na fronteira leste" da NATO. Mas foi ainda, no contexto desta reunião, decidida uma "reposição dos stocks de munições e de equipamentos, que estão deficitários em todos os países" - tendo sido acordadas "iniciativas de aquisição conjunta que visam repor os níveis necessários" destas "reservas de guerra", bem como o "relançamento da própria indústria" de armamento de guerra.
"Esta é uma situação que nos obriga a todos a reforçar as nossas capacidades e as nossas defesas", lembrou Helena Carreiras.
Porém, outra temática que esteve também hoje em destaque na reunião de ministros da Defesa da NATO estava relacionada com "a defesa e a proteção das infraestruturas críticas - as linhas de comunicação marítima e de fornecimento de energia", nomeadamente. "Essas infraestruturas têm de ser protegidas das ameaças, em particular das agora representadas pela Rússia", destacou.
Sobre a guerra no leste europeu, os "países demonstraram, de forma absolutamente clara, a intenção de continuar a ajudar a Ucrânia". E "todos informaram das suas disponibilidades de apoio", acrescentou a ministra.
"Portugal também o fez e eu pude informar os nossos aliados de que, para além daquilo que o país já fez do ponto de vista humanitário [...], temos oferecido, por um lado, equipamentos individuais, armas, munições, veículos blindados, mas também material de comunicações e drones, material sanitário e médico, e a disponibilidade para acolher refugiados em instalações das Forças Armadas, e feridos no Hospital das Forças Armadas", disse Helena Carreiras.
De recordar que a invasão russa sobre a Ucrânia levou os países ocidentais a demonstrarem um inequívoco apoio ao país invadido, tanto a nível financeiro como humanitário e militar. Já o país invasor, a Rússia, viria a ser alvo de vários pacotes de sanções, como forma de condenação pela sua atuação.
Os cálculos da ONU (Organização das Nações Unidas) dão conta de que, até ao momento, contabilizaram-se já mais de 6.000 civis mortos e 9.000 feridos na sequência da guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro.
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