O secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, afirmou, esta quinta-feira, em declarações aos jornalistas que "os professores sentem-se desrespeitados por palavras, atos e omissões", insistindo na falta de investimento do Governo na Educação.
Entre outras razões, Mário Nogueira assinalou que um dos principais motivos para esta convocatória de greve nacional - para dia 2 de novembro - por parte dos professores é a falta de respeito sentida pelos docentes, assim como a precariedade da profissão e a falta de condições de trabalho.
A Fenprof, em conjunto com outros sindicatos, convocou uma greve Nacional de Professores e Educadores para o dia 2 de novembro, dia em que "o ministro da Educação [João Costa] estará na Assembleia da República para defender o indefensável que é o financiamento previsto no OE para 2023 da Educação", referiu o sindicalista.
Ainda hoje, desta feita em comunicado, a Fenprof dava conta de que a paralisação tem como objetivo exigir "respeito a valorização da profissão e o financiamento adequado da educação e da escola pública". Na nota, afirmam que "a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2023 confirma o desinvestimento do Governo da educação".
"Justificando a redução da verba orçamentada com a transferência de trabalhadores não docentes para as autarquias, o Governo parece esquecer que o financiamento público da Educação é insuficiente", acrescentam, rematando que o "subfinanciamento, que se está a tornar crónico", está a impedir "a melhoria das condições de trabalho nas escolas, a melhoria das condições de aprendizagem dos alunos e, no caso dos profissionais docentes, a impedir a tomada de medidas que confiram atratividade à profissão".
Além da Fenprof, também a Federação Nacional da Educação (FNE), o Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (SINDEP), a Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL) e o Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (SPLIU), entre outras plataformas, participam no protesto.
Leia Também: Professores convocam greve nacional para 2 de novembro