PR agradece a Adriano Moreira. "Durante cem anos foi tudo ou quase tudo"
Presidente da República reagiu, em Belém, à partida do antigo líder do CDS.
© Miguel Figueiredo Lopes/Presidência da República
O Presidente da República reagiu, este domingo, à morte de Adriano Moreira, a quem agradeceu por "100 anos de vida, 100 anos de obra, 100 anos de serviço a Portugal"
"Deixou-nos há duas horas Adriano Moreira. Em paz, sereno, na história, mas acima da história, como sempre viveu", começou por dizer, numa declaração feita aos jornalistas no Palácio de Belém.
"Durante cem anos foi tudo ou quase tudo. Académico, mestre de civis e militares, lutador pela liberdade e pela democracia. Depois, reformador impossível em ditadura; ainda assim, revogando o estatuto do indigenato, exilado, regressado, presidente de um partido político, vice-presidente da Assembleia da República, conselheiro de Estado", sintetizou Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente da República sublinhou que Adriano Moreira "atravessou dois regimes, andou pelo mundo, deixando discípulos, defendendo a nossa língua, a nossa cultura, a nossa pátria comum, sempre com inteligência, com brilho, com tenacidade, com orgulho transmontano, com orgulho português".
Por fim, o chefe de Estado agradeceu, em nome dos portugueses, pelos "cem anos de vida, de obra, de serviço em Portugal".
O professor catedrático e antigo presidente do CDS, Adriano Moreira, morreu este domingo, aos 100 anos de idade.
Adriano Moreira foi ministro do Ultramar no período da ditadura (1961-1963) e deputado e presidente do CDS-PP já na democracia, mantendo sempre a ligação à universidade e à reflexão em matéria de Relações Internacionais.
Com 100 anos completados em 06 de setembro passado, foi condecorado pelo Presidente da República em junho com a Grã-Cruz da Ordem de Camões.
[Notícia atualizada às 13h20]
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