De punhos no ar e a gritar "PCP/PCP", os militantes e delegados receberam os dois dirigentes comunistas. Jerónimo de Sousa cumprimentou vários dirigentes, entre eles, João Oliveira e João Ferreira e foi novamente aplaudido, desta vez durante três minutos.
À chegada, Jerónimo e Raimundo tinham à sua espera vários dirigentes dos organismos executivos, e o ex-líder parlamentar João Oliveira, bem como João Ferreira, Rui Fernandes, Jorge Pires, Francisco Lopes e Armindo Miranda, entre outros.
O PCP anunciou há uma semana que Jerónimo de Sousa ia deixar de ser secretário-geral do PCP por razões de saúde e que Paulo Raimundo era o nome proposto para o substituir. Paulo Raimundo, de 46 anos, vai ser hoje eleito o quarto secretário-geral do PCP depois de uma reunião do Comité Central que deverá começar assim que encerrarem os trabalhos do primeiro dia da conferência.
A Conferência Nacional do PCP, a quarta em 100 anos, foi organizada com o objetivo de reenquadrar a ação do partido em contexto de maioria absoluta do PS, aumento da inflação e consequente degradação das condições de vida da generalidade da população, e também de incerteza em relação ao redesenho do mapa geopolítico internacional.
Depois dos aplausos, num pavilhão com palco e mesa dos organismos executivos forrados a vermelho, os trabalhos abriram com a Internacional e palavras de ordem "PCP/PCP" e a aprovação, por unanimidade, do regulamento da Conferência Nacional.
"Tomar a iniciativa, reforçar o partido, responderás novas exigências" é o lema desta Conferência, que encerra no domingo, com um discurso do próximo secretário-geral, Paulo Raimundo.
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