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Santos Silva salienta apoio político transversal às relações com Japão

O presidente da Assembleia da República considerou hoje que a sua visita ao Japão permitiu destacar o apoio político transversal existente em Portugal em matéria de aprofundamento de relações políticas e contribuiu para uma maior aproximação económica.

Santos Silva salienta apoio político transversal às relações com Japão
Notícias ao Minuto

15:23 - 18/11/22 por Lusa

País Presidente da Assembleia da República

Augusto Santos Silva iniciou na segunda-feira uma visita ao Japão, que hoje terminou, acompanhado por uma delegação parlamentar constituída pelos deputados Jorge Gabriel Martins (PS), Afonso Oliveira (PSD), Alma Rivera (PCP) e pelo líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares.

O convite para esta deslocação ao Japão, com o objetivo de permitir um reforço nas relações entre os dois países ao nível parlamentar, tinha já sido formulado ao anterior presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, mas não se concretizou por causa da pandemia da covid-19.

Em declarações à agência Lusa, Augusto Santos Silva defendeu que "a dimensão parlamentar acrescenta ao trabalho do Governo, responsável pela condução da política externa, o elemento multipartidário, que é muito importante".

"Faz sentir junto dos nossos interlocutores que o empenhamento do reforço da nossa relação com o Japão é uma aposta transversal ao parlamento português, que mobiliza quer a maioria, quer a oposição. Esse é o grande valor acrescentado", sustentou.

Durante a sua presença em Tóquio, Augusto Santos Silva teve reuniões com os presidentes das duas câmaras do parlamento japonês, reuniu-se com o grupo parlamentar de amizade Japão/Portugal e foi recebido pelo imperador do Japão, Naruhito.

Além da parte institucional, a delegação parlamentar portuguesa visitou o Museu da Bomba Atómica em Nagasaki, e teve também reuniões com empresas, designadamente em matéria de desenvolvimento de tecnologia aplicada à agricultura.

Segundo o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, uma das multinacionais japonesas quer fazer de Portugal "um centro de excelência internacional para a aplicação de tecnologia à produção de tomate".

"O Japão é muito importante para Portugal do ponto de vista do investimento estrangeiro, porque é um investimento estrangeiro que se faz muito em parceria com empresas portuguesas e que permite a transferência de tecnologia e de conhecimento. Porém, as trocas comerciais entre os dois países, apesar de terem crescido na sequência do acordo entre União Europeia e Japão em 2019, são ainda relativamente pequenas. Podem crescer ainda muito mais", frisou.

"Os temas fundamentais abordados pela delegação parlamentar portuguesa foram de ordem político e diplomática -- o Japão é um aliado do ocidente na Ásia oriental -, e o ensino da língua portuguesa", especificou o presidente da Assembleia da República, antes de se referir à conferência que deu na terça-feira na Universidade de Estudos Estrangeiros de Tóquio.

Nessa conferência, o presidente da Assembleia da República falou sobre "a força da lei no mundo da força".

"A questão era saber se, num momento de guerra na Europa, com repercussões mundiais, se o direito internacional e o multilateralismo têm sido prejudicados. Na minha perspetiva, estão a ser prejudicados, mas nós temos de defender o direito internacional e o multilateralismo. Não nos podemos conformar com a ideia de que as relações entre Estados passem a ser outra vez relações de força e não pela lei internacional", acrescentou.

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