Ainda é preciso fazer teste à Covid-19? E isolamento? Saiba tudo

A Covid-19 foi detetada há quase três anos, na China, e muito se tem passado. Entre isolamentos obrigatórios e medidas, tudo tem vindo a ser alterado pelas respetivas entidades. Descubra o que é preciso fazer a partir do momento em que tem sintomas.

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Teresa Banha
24/11/2022 11:36 ‧ 24/11/2022 por Teresa Banha

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Covid-19

Numa altura em que o número de internamentos por Covid-19 aumenta - mantendo-se o impacto reduzido nos serviços de saúde e na mortalidade - e que as máscaras são cada vez menos usadas, a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) relembrou algumas questões importantes.

Tal como se pode ver no site da associação, podem existir algumas dúvidas sobre se as crianças com Covid-19 devem ou não ir à escola ou se ainda é preciso fazer o teste em caso de sintomas, que estão abaixo recordados:

  • Tosse;
  • Febre (temperatura igual ou superior a 38ºC);
  • Calafrios;
  • Falta de ar, dor ao inspirar ou dificuldade respiratória;
  • Prostração ou cansaço;
  • Dores musculares e articulares;
  • Recusa alimentar ou falta de apetite;
  • Dor de cabeça não habitual;
  • Dor de garganta, nariz entupido ou a pingar.

É preciso fazer teste e ligar para o SNS24? 

A Direção-Geral da Saúde (DGS) considera atualmente que esta infeção é agora semelhante a outras infeções respiratórias e, por isso, a maioria das pessoas que sejam 'apanhadas' por este coronavírus não precisa de isolamento - também devido à maioria ter sintomas ligeiros. "Deve cumprir medidas básicas de higiene respiratória, como o uso da máscara e distanciamento, etiqueta respiratória e lavagem frequente das mãos", alerta a DECO.

Apesar de já não ser obrigatório comunicar os resultados à DGS, pode fazê-lo após um autoteste. O objetivo desta comunicação é, sobretudo, as autoridades de saúde fazerem um acompanhamento da evolução da doença.

Preferiu fazer o teste e deu positivo?

O isolamento já não é obrigatório, no entanto, a DGS aconselha as pessoas com infeção a ficaram em casa, pelo menos, cinco dias. Quanto à convivência dentro de quatro paredes - ou com outras pessoas -, as autoridades alertam que a melhor medida continua a ser o distanciamento. "A DGS recomenda ainda que minimize as deslocações ao essencial e evite frequentar espaços com aglomerados de pessoas", refere a DECO.

E o trabalho?

A DGS sublinha que, por já não ser obrigatório fazer isolamento, é necessário reforçar as medidas preventivas, atais como evitar grandes aglomerados de pessoas e usar máscara - uma FFP2 se não os conseguir evitar.

É, no entanto, sublinhado que sempre que seja possível exercer as "atividades laborais" em teletrabalho, esta é uma situação que deverá acontecer - mais uma vez, pelo menos nos primeiros cinco dias.

"Se tiver sintomas que o impeçam de ir trabalhar, ou for cuidador de doentes com imunosupressão, contacte o seu médico assistente para avaliação. A única forma de justificar as faltas ao trabalho é com a obtenção de um certificado de incapacidade temporária para o trabalho (baixa médica) passada por um médico", lê-se.

Dos zero aos 18. São os jovens exceções?

Tal como os adultos - e por este ser um público em que a doença, na maioria, não é grave - também os menores deverão continuar a frequentar a escola.

Mas a DGS relembra que só deverão pôr-se a caminho do estabelecimento de ensino se tiverem sintomas ligeiros. Em caso de febre, por exemplo, deverão ficar em casa  e só regressar quando a temperatura baixar ou tiverem um atestado para tal.

Estas recomendações aplicam-se a outros vírus?

Todas as recomendações lembradas pela associação se aplicam a outras infeções respiratórias - à exceção do isolamento de cinco dias. 

Quer seja gripe ou vírus sincicial, este último está a provocar um número “mais elevado do que o esperado para esta época do ano”, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

"Trata-se de um vírus que pode provocar doença respiratória em pessoas de todas as idades, mas, sobretudo, em crianças até aos dois anos. Este vírus é a causa mais comum de doença das vias respiratórias inferiores até aos cinco anos", alerta a associação, referindo que esta subida é consequência das medidas impostas devido á pandemia de Covid-19.

Relembre como minimizar o risco de infeção:

  • Cubra o nariz e a boca com lenços de papel ao tossir e espirrar. Coloque os lenços de papel utilizados no lixo.
  • Se não tiver um lenço de papel, espirre para a dobra do braço/cotovelo e não para a mão. Em locais muito frequentados, com aglomerados de pessoas e, sobretudo, em espaços fechados, como os transportes públicos, use máscara.
  • Lave frequentemente as mãos, com água e sabão, sobretudo depois de comer, manusear alimentos ou de contactar com superfícies expostas a outras pessoas (corrimãos, mobiliário de áreas partilhadas, etc.). Desinfete as mãos depois de tossir, espirrar e assoar o nariz.
  • Limpe regularmente objetos e superfícies partilhados em casa ou no local de trabalho, como superfícies que sejam tocadas com frequência, tais como maçanetas, interruptores, superfícies de trabalho e dispositivos eletrónicos, como os comandos de aparelhos. As superfícies devem ser lavadas com um detergente adequado antes de as desinfetar.
  • A ventilação dos espaços, através de arejamento, também permite reduzir a quantidade de vírus no ar, diminuindo o risco de transmissão de infeções das vias respiratórias. Deixe o ar fresco entrar ao abrir portas ou janelas. Se não for possível abrir janelas, utilize, em alternativa, ventilação mecânica de ar, por exemplo, um aparelho de ar condicionado ou ventilação, desde que esteja garantida a limpeza e manutenção adequada destes sistemas, de acordo com as recomendações do fabricante.

Leia Também: Covid-19. Bebés de mães infetadas em risco de sofrer doenças neurológicas

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