O autor de banda desenhada José Ruy morreu na quarta-feira, aos 92 anos, na Amadora, distrito de Lisboa.
Numa mensagem publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, o chefe de Estado apresenta condolências "à família do decano da BD portuguesa".
"José Ruy ocupa um lugar inconfundível na banda desenhada portuguesa", considera Marcelo Rebelo de Sousa.
Nesta nota de pesar, refere-se que José Ruy nasceu na Amadora, em 1930, e "manteve-se ligado à cidade onde mais tarde seria fundado o festival AmadoraBD, que em devido tempo lhe prestou homenagem".
Estudou na Escola António Arroio, em Lisboa, e na sua "carreira como desenhador, artista gráfico e decorador" colaborou "desde a adolescência em publicações que fizeram época", como "Cavaleiro Andante", "Mundo de Aventuras" e "O Mosquito", destaca-se no texto.
"José Ruy ficou conhecido por recorrer com frequência ao imaginário da nossa História e literatura, num registo atraente e rigoroso, adaptando ou dialogando com Gil Vicente e Camões, com as crónicas da expansão, ou com a política portuguesa contemporânea (Aristides de Sousa Mendes, Humberto Delgado, a Revolução)", acrescenta-se.
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