Portugal mantém uma das prevalências mais elevadas da diabetes da Europa

Portugal mantém uma das prevalências de diabetes mais elevadas da Europa, contando com mais de 830 mil doentes inscritos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), indica a diretora-geral da Saúde, num relatório apresentado hoje.

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Lusa
30/11/2022 18:35 ‧ 30/11/2022 por Lusa

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Diabetes

Numa nota introdutória ao estudo sobre o "Programa Nacional para a Diabetes -- Desafios e Estratégias 2021", Graça Feitas salienta que "esta epidemia acarreta importantes consequências para os próprios, as suas famílias e a sociedade em geral", adiantando que o PND "constitui um dos programas prioritários da Direção-Geral da Saúde (DGS)".

"Além dos desafios diários e constantes que a doença representa, as suas complicações podem levar à perda de visão, da função renal, amputações, doença cardíaca ou cerebral e morte prematura", adianta.

A divulgação do relatório foi feita na sessão "Diabetes: Desafios e Estratégias", organizada pela DGS.

De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF), "Portugal apresenta a segunda maior prevalência padronizada de diabetes nos 27 países da União Europeia". Na UE, a prevalência de diabetes em 2021 foi de 6,2%, na população entre os 20 e os 79 anos, enquanto em Portugal foi de 9,1%.

Além do ponto da situação da doença em 2020, o documento apresenta o resumo das principais atividades desenvolvidas pelo Programa Nacional para a Diabetes em 2021, bem como o plano de ação previsto para 2022-24.

Em 2020, "verificou-se uma redução da taxa de registo de novos casos de diabetes nos Cuidados de Saúde Primários (CSP), possivelmente associada ao contexto da pandemia covid-19". A pandemia poderá estar também relacionada com "a redução na vigilância em consulta de enfermagem" e a "redução da taxa de rastreio das complicações da diabetes".

No mesmo ano, seguindo a tendência, aumentou o consumo e os custos da medicação para a doença, que "foi responsável por 4110 mortes, correspondendo a 3,3%" das ocorridas em Portugal. "Cerca de 11% dessas mortes" foram de pessoas com menos de 70 anos.

O Plano de Ação para o triénio 2022-2024 tem como objetivos "reduzir o desenvolvimento de diabetes em utentes de risco, identificados através da avaliação do cálculo de risco de diabetes tipo 2", bem como "o número de pessoas que desconhece ter a doença e o tratamento precoce", além de "combater o estigma da diabetes".

"Promover o acesso às novas tecnologias no tratamento de todas as pessoas com Diabetes tipo 1" e "a realização dos rastreios e tratamento precoce das complicações crónicas da diabetes", assim como reduzir a incidência da doença e a mortalidade, são outros dos objetivos.

A diabetes tipo 1 é a antigamente denominada diabetes dependente de insulina ou de início juvenil e a tipo 2, a mais frequente, é a que se designava diabetes do adulto ou não dependente de insulina.

A prevalência desta doença tem aumentado a nível mundial, estimando a IDF que, em 2030, Portugal apresente "uma prevalência padronizada de diabetes na população entre os 20 e os 79 anos de 10,3%".

Leia Também: PSD questiona sobre falta de diretor clínico no CHTMAD

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