A Polícia Judiciária (PJ) deteve cinco pessoas e constituiu 19 arguidos após ter executado, esta terça-feira, em Lisboa, Porto, Alter do Chão, Almada e Comporta, 59 mandados de busca, suspeitos "de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, participação económica em negócio, abuso de poder e branqueamento, ilícitos relacionados com adjudicações efetuadas".
Segundo o comunicado da PJ, "os crimes foram realizados por parte de um Organismo da Administração Central a diversas empresas, as quais lesaram o Estado português em muitos milhares de euros".
As buscas "visaram a recolha de elementos probatórios de diversa natureza, tendentes ao esclarecimento dos factos objeto de inquérito, tendo-se logrado a recolha de prova pessoal e a apreensão de prova de natureza documental, digital, entre o mais, inerente aos procedimentos de contratação pública em causa", refere a PJ em comunicado.
A autoridade revelou ainda que o objetivo da operação, designada 'Tempestade Perfeita' era recolher "elementos probatórios complementares e relacionados com suspeitas de práticas criminosas no exercício de funções públicas, sob investigação".
Segundo a CNN, esta operação levou à detenção de "altos quadros da Defesa detidos por corrupção nas obras de hospital militar", informação que o Diário de Notícias também adianta, detalhando que são três dos cinco detidos.
A CNN avança ainda que entre eles está Alberto Coelho, um alto quadro do Estado que durante seis anos liderou a Direção-geral de Recursos da Defesa Nacional. O mesmo canal avança que foram feitas buscas no Ministério.
O Ministério da Defesa Nacional confirmou, em comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, "a presença da Polícia Judiciária e do Ministério Público nas suas instalações, na Direção Geral de Recursos da Defesa Nacional, no âmbito de averiguações a atos praticados entre 2018 e 2021".
"O Ministério da Defesa Nacional reafirma a sua total colaboração com as autoridades em tudo o que lhe for solicitado", lê-se na nota divulgada esta terça-feira.
Os detidos serão presentes ao Tribunal de Instrução Criminal, para realização do primeiro interrogatório judicial de arguidos detidos, visando a aplicação de medidas de coação tidas por adequadas.
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