Uma publicação da Câmara de Cascais na rede social Facebook, das 09:00, dava indicação que "a intensa pluviosidade que ocorreu esta noite e madrugada fez muitos estragos" e que "as equipas do Serviço Municipal de Proteção Civil não têm mãos a medir e estão a atuar em diversos pontos críticos".
A nota apelava ainda para que as pessoas avaliassem "as condições antes de sair de casa, tendo em conta que existem, neste momento [09:00], diversas artérias cortadas".
Cerca das 13:00, uma nova publicação dava conta que o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, se "encontrava a fazer" uma ronda pelo território para l"evantamento dos pontos mais críticos atingidos" pelo mau tempo que assolou hoje o distrito de Lisboa.
De acordo com a mesma publicação, as equipas do Serviço Municipal de Proteção Civil estão no terreno apoiadas pela Autoridade Marítima Nacional e pelos diversos agentes de Proteção Civil para mitigar os efeitos da chuva intensa.
Fonte da autarquia disse à Lusa que no final do dia irá ser feito um balanço do que aconteceu no concelho, remetendo para as informações disponibilizadas na rede social.
Segundo as informações publicadas, o Cascais Christmas Village não irá abrir hoje ao público.
Pelas 10:00, uma outra publicação disponibilizada dava conta que a maré "estava a descer" e que se registava uma "acalmia na pluviosidade", pelo que o caudal que tinha invadido as ruas e estradas estava a começar a descer.
"Os pontos historicamente sujeitos a inundações como é o caso da Baixa de Cascais, em que as construções se encontram abaixo do leito da ribeira estão a merecer a maior atenção, mas há ainda pontos críticos", podia ler-se.
Durante a manhã, o presidente da autarquia reuniu o Conselho Municipal de Segurança para analisar e discutir o trabalho efetuado pelas diferentes forças e serviços de segurança, em áreas como a criminalidade, ordem pública, delinquência juvenil ou violência doméstica, durante o ano que passou.
Na ocasião, Carlos Carreias, que procedeu à abertura da reunião afirmava que a "situação em Cascais não foi tão grave quando comparada com outros concelhos vizinhos", mas ainda assim referia terem existido "uma série de ocorrências que têm estado a ser resolvidas pelas várias equipas no terreno".
O presidente do município cascalense iniciou a reunião do Conselho Municipal, mas não se manteve até ao final, uma vez que foi necessária a sua presença nos locais do concelho que ainda apresentavam situações mais delicadas, decorrentes da forte precipitação, segundo adiantava a publicação do Facebook.
A chuva intensa e persistente que caiu de madrugada causou hoje centenas de ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas nos distritos de Lisboa, Setúbal e Portalegre, onde há registo de vários desalojados.
Na zona de Lisboa a intempérie causou condicionamentos de trânsito nos acessos à cidade, que levaram as autoridades a apelar às pessoas para permanecerem em casa quando possível e para restringirem ao máximo as deslocações.
No distrito de Santarém, a chuva fez aumentar os caudais do rio Tejo, levando a Comissão Distrital de Proteção Civil a acionar o Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo, dado o risco "muito significativo" de galgamento das margens do rio. Nesta bacia hidrográfica e na do Douro foi ativado o alerta amarelo.
Em Campo Maior, no distrito de Portalegre, a zona baixa da vila ficou alagada e várias casas foram inundadas, algumas com água até ao teto, segundo a Câmara Municipal, que prevê acionar o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil.
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