A primeira fase da obra de prevenção e mitigação do risco de derrocadas naquele troço, adjudicada no valor de 18,4 milhões de euros (sem IVA), arrancou em outubro de 2020 e já está finalizada, enquanto a segunda fase começou em julho e custou 10,6 milhões de euros (sem IVA).
Numa visita hoje ao local, o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque (PSD), indicou que a via já está transitável, com a primeira fase da obra concluída, mas "alguns muros de suporte na parte de cima da via" ainda serão finalizados "com mais calma".
Em declarações aos jornalistas, o chefe do executivo madeirense frisou a importância desta obra, apontando que era "ansiada há muitos anos pela população do Paul do Mar e do Jardim do Mar devido às condições precárias de segurança que a antiga estrada oferecia".
"Em segundo lugar, acho que é uma obra muito importante porque vai reforçar a atratividade do concelho da Calheta e destas duas belíssimas freguesias", assinalou Miguel Albuquerque.
O presidente do Governo da Madeira, de coligação PSD/CDS-PP, acrescentou ainda que a nova estrada, com melhores condições de segurança, vai "atrair mais turistas, mais residentes e dinamizar a economia, quer do Estreito [da Calheta], quer do Paul do Mar, quer do Jardim do Mar".
"A antiga estrada era também bonita, mas tinha as chamadas quebradas. É sempre um perigo, era uma estrada que tinha muita instabilidade na escarpa e, neste momento, com este falso túnel e com o novo túnel fica resolvida", afirmou.
Enquanto esta estrada esteve fechada, os automobilistas que tinham como destino as freguesias do Paul do Mar ou do Jardim do Mar eram obrigados a fazer um desvio considerável e a utilizar uma via na qual também se registam derrocadas frequentes e onde nem sempre estão reunidas todas as condições de segurança, sobretudo no inverno.
Na primeira fase da obra, foram executados trabalhos numa extensão aproximada de 1.080 metros, tendo sido construído um túnel com uma extensão de 1.051 metros, segundo a informação disponibilizada pelo Governo Regional.
Na segunda fase, refere a mesma nota, "a solução encontrada para proteção da população consistiu na construção de duas estruturas em betão armado, com uma faixa de rodagem de 6,50 metros de largura".
Sobre a cobertura dessas estruturas está a ser agora colocada "uma camada de amortecimento para a proteção contra a queda de blocos, composta por conjuntos modulares de camadas de pneus sobrepostos e intercalados com malha de aço de alta resistência".
A primeira fase da obra foi financiada pela Lei de Meios, enquanto a segunda é financiada a 75% pelo Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR) e a 25% pela Lei de Meios.
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