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Resíduos hospitalares? Sindicato questiona sobre futuro de trabalhadores

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro revelou hoje que solicitou a intervenção da ACT na definição do futuro de trabalhadores do Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) da região Centro.

Resíduos hospitalares? Sindicato questiona sobre futuro de trabalhadores
Notícias ao Minuto

16:50 - 22/12/22 por Lusa

País Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

"Pedimos a intervenção da ACT [Autoridade para as Condições do Trabalho], sabemos que o SUCH também pediu, pois é uma situação urgente. Não queremos que chegue a dia 01 de janeiro [de 2023] e os trabalhadores sejam impedidos de entrar no seu local de trabalho", referiu António Baião, do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro.

Em declarações à agência Lusa, António Baião explicou que 42 trabalhadores da empresa SUCH, do serviço de recolha e tratamento de resíduos hospitalares nas unidades do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), "vão passar o Natal sem saber como vai ser o seu futuro", no seguimento do processo de transferência da concessão deste serviço da empresa SUCH para uma nova empresa: a Ambimede, Gestão Ambiental.

"Lamentamos o posicionamento de ambiguidade do conselho de administração do CHUC, logo aquando da abertura do concurso para nova concessão, que deveria ter acautelado a situação dos trabalhadores, para que a empresa que concorresse já fosse a contar ficar com os trabalhadores. Agora a Ambimed diz não ter responsabilidades para com os trabalhadores, afirmando que não aceita a sua transferência, vínculo laboral e direitos, tentando demonstrar que se podem candidatar como novos trabalhadores para aquele serviço", alegou.

De acordo com o representante do sindicato, o SUCH considerou que "apenas 15 ou 16 destes trabalhadores eram dos quadros", sendo "transmitidos à empresa Ambimed, ao abrigo da nova concessão".

"Aos restantes, o SUCH enviou carta de despedimento, por entender que eram trabalhadores a termo. Alguns destes trabalhadores vão enviar uma carta ao SUCH, a dizer que não se consideram despedidos, pois alguns trabalhavam ali há quatro e cinco anos, a desempenharem funções de caráter permanente, devendo ser considerados efetivos", evidenciou.

No seu entender, também estes trabalhadores "deveriam ser transferidos para a Ambimed".

"Estamos a dizer a todos os trabalhadores para se apresentarem ao serviço dia 01 de janeiro [de 2023], onde supomos que esteja alguém, da nova concessão, para dizer se deixa os trabalhadores entrarem ou não ao serviço. Se não os deixarem entrar, teremos de solicitar a intervenção das autoridades, para ficar comprovado em auto que os trabalhadores não foram autorizados a entrar ao serviço", destacou.

O dirigente indicou ainda que o sindicato está à espera de reunir com conselho de administração dos CHUC, que "também tem responsabilidade social para com estes trabalhadores, que vão passar a quadra de Natal sem saber o seu futuro".

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