Para celebrar o 59.º aniversário de António Justino, subchefe principal do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB), a prestar serviço no Quartel de Monsanto, o Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa destacou a veia artística do bombeiro que, apaixonado pela arte, retratou os “guardiões da floresta” em forma de mural.
Sapador bombeiro há 35 anos, António Justino diz que foi “atirado” para esta vida, mas nem isso o impede de pintar, desenhar, escrever poesia. Este “artista bombeiro”, assim descrito pelos Sapadores Bombeiros de Lisboa, ‘coloriu’ o Quartel de Monsanto com um enorme mural que junta a apreciação pela natureza, com o trabalho dos operacionais de linha.
‘Os Guardiões da Floresta’, com 10 metros de comprimento por 3,5 de altura, foi feito com a ajuda dos camaradas, nos momentos sem ocorrências, naquele que foi um “verdadeiro trabalho de equipa”.
“Pensei em criar uma imagem impactante, que representasse a floresta, a mesma que diariamente protegemos e guardamos do fogo”, disse, complementando que “o grupo de operacionais que se vê a caminhar vai com essa missão de combater um pequeno fogo e proteger a floresta. São os Guardiões, que somos nós e, no geral, são todos os bombeiros”.
Ainda assim, Justino já deixou a sua marca noutros quartéis. O Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa aponta que, no Quartel de Marvila, dois outros murais têm a assinatura do subchefe, capturando a ação dos bombeiros no combate e salvamento de pessoas e bens.
António Justino é natural da Beira Baixa, tendo encontrado poiso em Lisboa, no RSB, depois de prestar serviço militar em Santa Margarida. Formado em Belas Artes, viu os seus trabalhos em várias galerias, passou pela Bienal Internacional de Arte de Cerveira, ganhou prémios como o de Júlio Resende.
Pintar é, para o sapador bombeiro, “uma arte que é desenvolvida mesmo por amor”.
“A natureza é uma paixão. É no meio dela que vou continuar a pintar”, disse, já pensado nos planos para a reforma.
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