Com frio? Siga os conselhos da Proteção Civil para se manter em segurança

Próximos dias serão de temperaturas baixas. Recorde os conselhos aqui.

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Notícias ao Minuto
14/01/2023 18:27 ‧ 14/01/2023 por Notícias ao Minuto

País

Meteorologia

Face às previsões de frio e chuva para os próximos dias, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil recordou, este sábado, os efeitos expectáveis e as medidas preventivas que deverá tomar para que se mantenha em segurança.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), haverá uma descida significativa da temperatura a partir de domingo, dia 15 de janeiro, marcada pela intensificação do vento de quadrante Leste, principalmente nas terras altas e o aumento gradual da agitação marítima a partir do dia 16, com agravamento progressivo.

Além disso, o organismo prevê “precipitação persistente, por vezes forte, no Minho e Douro Litoral na segunda-feira, dia 16 de janeiro”, assim como “queda de neve nas terras altas e, eventualmente, a cotas médias (600-800 metros), a partir de terça-feira, dia 17 de janeiro”, acompanhada por “formação de gelo e geada, em especial no interior”.

Perante o “desconforto térmico elevado devido à descida da temperatura mínima e aumento da intensidade do vento", a Proteção Civil considerou, em comunicado, que poderão ocorrer “intoxicações por inalação de gases, devido a inadequada ventilação, em habitações onde se utilizem aquecimentos com lareiras e braseiras”, bem como “incêndios em habitações, resultantes da má utilização de lareiras e braseiras ou de avarias em circuitos elétricos”.

Apelou, por isso, à “especial atenção aos grupos populacionais mais vulneráveis, crianças, idosos e pessoas portadoras de patologias crónicas e população sem-abrigo”, dando ainda conta da possibilidade da “formação de lençóis de água e gelo”, do “aumento do risco associado ao tráfego rodoviário, quer pela queda de neve nas vias, quer pela formação de gelo”, e de “danos em estruturas montadas ou suspensas”, além da “queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte, possíveis acidentes na orla costeira” e, por fim, "instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo”.

Nessa linha, o organismo recomendou que, a nível individual, deverá evitar “a exposição prolongada ao frio e às mudanças bruscas de temperatura”, apelando a que mantenha “o corpo quente, através do uso de várias camadas de roupa, folgada e adaptada à temperatura ambiente”. Deverá ainda “proteger as extremidades do corpo (usando luvas, gorro, meias quentes e cachecol) e calçado quente e antiderrapante”, “ingerir sopas e bebidas quentes e evitar bebidas com álcool, que proporciona uma falsa sensação de calor” e “acautelar a prática de atividade física no exterior, prestando atenção às condições do piso para evitar quedas”, além de, uma vez mais, “reforçar o apoio e a atenção aos grupos mais vulneráveis”.

“Os trabalhadores que exerçam a sua atividade no exterior devem utilizar vestuário e calçado adequados e evitar esforços excessivos resultantes dessa atividade”, apontou também.

Em termos coletivos, a Proteção Civil alerta para “os aquecimentos com combustão (ex.: braseiras e lareiras), que podem causar intoxicação devido à acumulação de monóxido de carbono e levar à morte”, razão pela qual deverá “assegurar uma adequada ventilação das habitações, quando não for possível evitar o uso de braseiras ou lareiras”.

É, também, importante “evitar o uso de dispositivos de aquecimento durante o sono, desligando sempre quaisquer aparelhos antes de se deitar” e, na mesma linha, “não sobrecarregar tomadas e/ou extensões elétricas.

“Redobrar os cuidados durante a condução de veículos, especialmente em locais onde se forme gelo na estrada, adotando uma condução defensiva”, “garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas”, e “consultar a informação meteorológica e rodoviária sempre que as deslocações sejam mais prolongadas e/ou para locais fora das rotas de circulação usuais” são, também, outros das medidas preventivas a ter em conta.

Contudo, deverá ainda “contemplar a colocação das correntes de neve nas viaturas, sempre que exista a possibilidade de circular nas áreas atingidas pela queda de neve”, bem como “garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas”, além de “ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte”.

Tenha ainda “especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando se possível a circulação e permanência nestes locais” e não pratique “atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima”.

Por fim, o organismo recomenda que se mantenha atento “às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança”.

Leia Também: Prepare-se. A partir de domingo, a temperatura poderá atingir os -5º C

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