A Polícia Judiciária (PJ) regressou à Câmara de Lisboa, esta terça-feira, onde se encontra a fazer buscas, avança a CNN Portugal.
À agência Lusa, a autarquia confirmou as buscas, no Departamento de Apoio aos órgãos e serviços municipais.
"Confirmamos as buscas realizadas e qualquer esclarecimento sobre o âmbito das mesmas deverá ser prestado pelas autoridades judiciais", indicou fonte oficial da câmara.
Segundo a estação televisiva em causa está agora uma investigação ao processo conhecido como Operação Tutti Frutti e que visa, entre outras pessoas, os atuais ministros Fernando Medina e Duarte Cordeiro, na altura em que desempenhavam funções na autarquia.
A CNN Portugal, que cita fontes da da Câmara de Lisboa, indica que a PJ procurou atas de reuniões relacionadas com processos urbanísticos apresentados pelo antigo vereador do Urbanismo Manuel Salgado.
Sublinhe-se que foi há exatamente uma semana que a PJ realizou buscas na Câmara de Lisboa por "suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e falsificação" e que resultaram na constituição de seis arguidos, três sociedades e os respetivos representantes legais. Fernando Medina, o autarca na altura, já solicitou ser ouvido no âmbito do processo.
Em causa estava, como noticiou na altura a TVI/CNN Portugal, uma nomeação para "prestação de serviços que foi assinada em 2015" pelo então presidente da autarquia, Fernando Medina, mais especificamente os serviços de consultadoria do 'histórico' do PS Joaquim Morão, ex-autarca em Idanha-a-Nova e Castelo Branco, para apoio técnico na gestão de projetos e obras municipais.
Já hoje o Correio da Manhã deu conta de uma nova denúncia contra Joaquim Morão, que indica que este usava a avença que lhe tinha sido atribuída pela Câmara de Lisboa para angariar dinheiro para o Partido Socialista - do qual é militante. O jornal indica que a denúncia, que foi junta ao processo que investiga este caso, aponta que Morão, que estaria a angariar dinheiro para o PS através de obras públicas, reportava o sucedido a Cordeiro.
O atual ministro do Ambiente reagiu e disse desconhecer "qualquer investigação" relacionada com o desempenho das suas funções como vereador naquela autarquia.
De relembrar que em causa na Operação Tutti Fruti estão suspeitas da prática de crimes económico-financeiros decorrentes da contratação de pessoal e da adjudicação direta de serviços a empresas ligadas ou controladas por dirigentes políticos, sobretudo do PSD, mas também alguns do PS.
[Notícia atualizada às 14h04]
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