Em comunicado, a Câmara de Esposende, no distrito de Braga, refere que aqueles movimentos de pedras e terras, na base do talude, se registaram no verão de 2022 "e não foram comunicados à autarquia nem estavam licenciados".
Na madrugada de 23 de novembro, um deslizamento de terras e pedras de grandes dimensões atingiu uma habitação em Palmeira de Faro, Esposende, provocando a morte de dois jovens de 22 anos.
A Câmara avançou para a realização de um estudo geotécnico, desenvolvido pela Universidade do Minho, ao mesmo tempo que contratou uma equipa do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) para apurar as causas da ocorrência.
"O município de Esposende pretende apurar a verdade sobre este acidente, combatendo a desinformação que tem sido veiculada sobre o assunto", diz ainda o comunicado.
Em dezembro, o Partido Socialista (PS) de Esposende afirmou que a câmara sabia, desde 2019, dos riscos e da urgência de uma intervenção no local do deslizamento e aludia ao licenciamento, nesse mesmo ano, da construção de uma moradia no topo da encosta.
Um dia depois da derrocada, a autarquia decidiu proibir o acesso à zona afetada, o que implicou o realojamento dos moradores nas oito moradias ali existentes.
Três das famílias já foram, entretanto, autorizadas a regressar a casa.
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