"O mais importante é que não haja ganho de causa para a Rússia"

O ministro dos Negócios Estrangeiros avançou que o envio de tanques Leopard para a Ucrânia poderá ser feito através de comboio e transporte marítimo, não esclarecendo quanto custará o processo.

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© Thierry Monasse/Getty Images

José Miguel Pires
25/01/2023 16:14 ‧ 25/01/2023 por José Miguel Pires

País

Guerra na Ucrânia

Numa altura em que a Europa se alinha no envio de tanques Leopard 2 para a Ucrânia, após a Alemanha ter dado luz verde ao processo, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho, revelou detalhes sobre o envio dos mesmos.

Ainda não estão ultimados os detalhes sobre como funcionará o envio desses tanques para a Ucrânia, mas o mesmo deverá acontecer num processo concertado entre os vários países aliados, tanto através de comboio como de transporte marítimo, avançou Cravinho, que não deu qualquer informação sobre o eventual custo deste processo. "É difícil, mas é um desafio que vai ser trabalhado com todos os países aliados", disse.

"O importante é que estamos a contribuir para que a Rússia tenha uma derrota estratégica. Isso é muito importante, porque se não for esse o caso, a ordem internacional ficará muito fragilizada e aí teremos um preço muito mais elevado a pagar ao longo dos próximos anos", explicou o ministro.

Gomes Cravinho reiterou, no entanto, a importância de uma "derrota estratégica" da Rússia: "O mais importante, como digo, é que não haja ganho de causa para a Rússia. Nesta guerra só há perdedores. Se a Rússia consegue, através da violação dos princípios mais básicos do direito internacional, conquistar território, em outras partes do mundo outros países vão pensar 'Aquilo que a Rússia fez, nós também podemos fazer', porque a comunidade internacional não reage, não está do lado de quem tem a sua identidade territorial violada. Daí ser fundamental que a Ucrânia seja apoiada e que a Rússia sofra uma derrota estratégica."

O conflito armado entre a Ucrânia e a Rússia começou, a 24 de fevereiro de 2022, com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que cerca de sete mil civis morreram e mais de 11 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: "Espanha está pronta" a enviar tanques Leopard 2 para Kyiv

 

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