Em resposta por escrito a um pedido de esclarecimento enviado pela agência Lusa, a Procuradoria-Geral da República (PGR) refere que o inquérito instaurado pretende "averiguar a prática de factos criminalmente relevantes e o respetivo enquadramento legal".
Na segunda-feira, a diocese de Viana do Castelo anunciou ter "proibido" um padre de Monção de exercer o sacerdócio depois de, segundo aquela entidade, este ter confirmado um caso de abuso sexual de menor.
Em comunicado enviado às redações, a diocese de Viana do Castelo explicou que o caso resultou de "uma denúncia", comunicada "às autoridades civis e canónicas competentes".
Segundo a diocese, confrontando com os indícios apresentados, o pároco de várias freguesias de Monção "confirmou os factos de que é acusado e comunicou a sua decisão de se afastar do exercício das suas funções".
No documento, a diocese "partilha do profundo sofrimento da vítima e família, sendo com enorme sentimento de vergonha que torna públicos estes factos, desejando, também, exprimir o maior afeto e cuidado às comunidades paroquiais até agora confiadas" ao pároco.
"Nesta circunstância particular, a diocese de Viana do Castelo quer reforçar o desejo de ser um ambiente seguro e um espaço onde se possa dar voz ao silêncio, pedindo, ainda, todo o esforço, coragem, confiança e oração à comunidade diocesana, neste momento especialmente doloroso", refere a nota.
O padre ministrava até agora nas paróquias do Divino Salvador de Cambeses, Santa Maria de Abedim, Nossa Senhora das Neves de Bela, São João Baptista de Longos Vales, São João Baptista de Portela e São Miguel de Sago e, era assistente dos convívios fraternos, em Monção.
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