Palcos da JMJ? Marcelo pediu à Igreja e à Câmara para repensarem

O Presidente da República falou com a Igreja e a Câmara Municipal de Lisboa para travar o altar do Parque Eduardo VII, bem como para repensarem o palco do Parque Tejo, avançou o Expresso.

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© Miguel Figueiredo Lopes / Presidência da República

José Miguel Pires com Lusa
26/01/2023 15:19 ‧ 26/01/2023 por José Miguel Pires com Lusa

País

JMJLisboa2023

A polémica em torno dos palcos da Jornada Mundial da Juventude 2023, em Lisboa, está longe de acabar, e o jornal Expresso avançou, esta quinta-feira, que o Presidente da República falou com o Bispo auxiliar de Lisboa, com Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) e com o Governo, pedindo uma menorização dos custos do evento.

Marcelo Rebelo de Sousa, diz o Expresso, foi "apanhado de surpresa" pelo custo do palco-altar a norte do Parque das Nações, que vai receber o Papa Francisco, e que custará mais de 5 milhões de euros

“Reduzir uma série de coisas e tentar baixar o preço” terá sido o mote que levou, também, o Presidente da República a aconselhar o presidente da CML a falar com a Mota-Engil, empresa que ficou com a obra por ajuste direto, de forma a perceber se será possível reduzir os custos da obra.

Nesta quinta-feira, a SIC Notícias revelou que o Patriarcado de Lisboa garante, por sua vez, que o Presidente da República tinha conhecimento dos custos do polémico palco das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ). 

Mas o chefe de Estado tem uma versão diferente da história. Ao mesmo canal televisivo, disse que soube das dimensões do palco na semana passada, e que soube do seu custo "informalmente", através de jornalistas, não se recordando do dia exato em que soube, mas afastando que tenha sido o Patriarcado a informá-lo. Contactado pelo Notícias ao Minuto, o Patriarcado de Lisboa afirmou, no entanto, que, oficialmente, não teceu qualquer comentário sobre se o Presidente da República saberia ou não do custo desta obra.

O Notícias ao Minuto contactou a CML no sentido de perceber se os custos associados à obra do altar-palco do Parque Tejo vão ou não ser repensados.

O presidente da Câmara de Lisboa disse esta quinta-feira que assume "com muito gosto" os investimentos do município na Jornada Mundial da Juventude, reiterando o compromisso de "investir até 35 milhões de euros", com a expetativa de "um retorno enorme".

A Jornada Mundial da Juventude, considerada o maior acontecimento da Igreja Católica, vai realizar-se este ano em Lisboa, entre 1 e 6 de agosto, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas.

As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

As jornadas nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

[Notícia atualizada às 15h48]

Leia Também: Palco? Coordenador do Governo diz-se "surpreendido" e pede "parcimónia"

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