IPO do Porto e i3S seguram topo dos cuidados e da investigação em cancro
O Instituto Português de Oncologia do Porto renovou até 2027 a acreditação do 'Comprehensive Cancer Center Raquel Seruca' (P.CCC), um consórcio que junta este hospital e o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S).
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País Oncologia
Segundo divulgou hoje o IPO-Porto, esta reacreditação decorreu no âmbito de uma visita de avaliação por parte da Organization of European Cancer Institutes (OECI), "o único organismo europeu habilitado para a acreditação das melhores práticas aplicáveis a organizações de prestação de cuidados oncológicos e de investigação em cancro".
Para o presidente do IPO do Porto e coordenador do consórcio, "o resultado desta avaliação coloca o P.CCC entre as melhores organizações europeias de prestação de cuidados oncológicos e de investigação em cancro, razão pela qual foi renovada, pela segunda vez consecutiva, a acreditação como Comprehensive Cancer Centre".
"A recertificação do P.CCC permite demonstrar o compromisso do IPO do Porto e do i3S com a produção de conhecimento, inovação, qualidade assistencial e a satisfação e segurança do doente, assegurado pelas boas práticas, permitindo uma maior eficiência e a prestação de cuidados de saúde de alta qualidade", sublinha Júlio Oliveira, em comunicado.
Atribuída em 2011 e agora reconfirmada, esta acreditação faz com que o IPO do Porto e o i3S continuem como "o único hospital e laboratório associado portugueses com este reconhecimento internacional".
Neste âmbito, o P.CCC apresentou um plano de ação estratégico que, entre muitos outros pontos de melhoria, visa incrementar a atividade em investigação fundamental, translacional e clínica, no contexto regional, nacional e internacional.
Visa ainda "duplicar o número de doentes oncológicos presentes em ensaios clínicos, de modo a possibilitar o acesso dos cidadãos portugueses às soluções terapêuticas mais inovadoras".
No IPO do Porto, por ano, são "mais de 300" os doentes que são incluídos em ensaios clínicos nas diferentes fases.
Segundo o coordenador do consórcio, nos pontos prioritários deste plano, está também identificada a aposta em tecnologias de ponta, como a cirurgia robótica, o aumento do número de cirurgias realizadas em regime de ambulatório e a promoção de ações para maior envolvimento dos doentes na prestação dos cuidados oncológicos.
Para o cumprimento dos 'standards' de qualidade definidos pela OECI, foram avaliadas, entre outras, as áreas da governação, qualidade organizacional, envolvimento e capacitação dos pacientes, multidisciplinaridade, prevenção e deteção precoce, todas as modalidades de diagnóstico, tratamento e de prestação de cuidados oncológicos, investigação fundamental, translacional e clínica, ensaios clínicos e ensino.
Na visita, segundo o IPO-Porto, foram destacados, como pontos fortes," a qualidade das instalações e dos equipamentos de diagnóstico existentes, o aumento do número e da qualidade dos projetos de investigação e da produção científica, o modo de funcionamento da área do ambulatório, segmentada em clínicas especializadas por patologia, e a aposta nos ensaios clínicos em fase precoce e dirigidos por biomarcadores".
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