Grupo detido por burlas e crime económico conhece medidas na 3.ª-feira
Os dez detidos numa operação da PSP suspeitos de pertencerem a um grupo que operava através de uma falsa empresa corretora de ações de bolsa devem conhecer as medidas de coação na terça-feira, adiantou hoje à Lusa fonte policial.
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País Lisboa
Os detidos, oito homens e duas mulheres, entre os 20 e os 40 anos, todos brasileiros, foram hoje presentes ao Tribunal de Lisboa.
Fonte policial referiu à Lusa que os suspeitos vão continuar detidos e que as medidas de coação devem ser conhecidas apenas na terça-feira.
Em comunicado divulgado hoje, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP referiu que a operação, que terminou na quinta-feira e realizou-se na área metropolitana da capital, foi dirigida a "um grupo criminoso" associado a burlas qualificadas e crimes económicos e financeiros, tendo sido detidas 10 pessoas de nacionalidade estrangeira.
Nas buscas efetuadas, de acordo com a PSP, foi possível apreender "centenas de materiais informáticos e cerca de um milhão de euros que já se encontrava convertido em criptomoedas".
Em declarações anteriores à Lusa, o comissário André Teixeira referiu que a operação policial era para cumprimento de oito mandados de busca domiciliária e cinco mandados de busca não domiciliária.
Na nota divulgada hoje, o comando metropolitano de Lisboa da PSP adianta que a operação "relacionada com criminalidade associada a burlas qualificadas e crimes económicos e financeiros, incidiu maioritariamente em Lisboa e na margem Sul do Tejo".
Segundo a PSP, o "grupo criminoso" operava através de "uma falsa empresa corretora de ações na bolsa", que tinha como único propósito "burlar os seus clientes e despojá-los do dinheiro investido".
As vítimas eram selecionadas através de aplicações de dados que indicavam aos operacionais da rede "não só os seus números de contacto, mas também os seus 'hobbies', interesses, capital financeiro e perfil psicológico", lê-se na nota.
Após contacto com as vítimas, foi percetível que "muitas delas ficaram numa situação económica muito debilitada", acrescenta o comando metropolitano, salientando que se crê ter sido desmantelada "uma rede criminosa responsável por milhares de vítimas fora do território nacional".
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