O Ministério Público (MP) acusou o presidente da Concelhia de Lisboa do Partido Socialista (PS) de Lisboa e atual presidente da Junta de Freguesia de Alcântara, Davide Amado, de participação económica em negócio e abuso de poder, num esquema que lesou a Santa Casa da Misericórdia em mais de um milhão de euros, em 2014, reporta a CNN Portugal.
Nove anos após o início da investigação, o MP apresentou a acusação, a que o canal teve acesso, que revela que, entre 2012 e 2014, foram feitos ajustes diretos de mais de dois milhões de euros.
Davide Amado e outros oito arguidos terão criado mais de uma dezena de empresas, com o objetivo de forjar ajustes diretos com a Santa Casa da Misericórdia, “sem respeitarem as regras e encarecendo o valor de cada um dos produtos e serviços".
Há ainda mais oito arguidos que foram acusados neste caso. Entre os envolvidos estão Helena Lopes da Costa, vogal da mesa da Santa Casa da Misericórdia e antiga vereadora do PSD na Câmara Municipal de Lisboa, e a sua assessora, que era a namorada de Davide Amado naquela altura.
O esquema de viciação de contratos terá lesado, acredita o MP, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa em mais de dois milhões de euros, naquilo que considerou uma satisfação de interesses privados.
O Ministério Público pede a condenação dos arguidos pelos crimes de que estão acusados, assim como ao pagamento de 1 milhão e 600 mil euros ao Estado, dinheiro esse que foi obtido através de adjudicações ilícitas.
Tanto Davide Amado, como Helena Lopes da Costa, foram contactados pela CNN e afirmaram estar de consciência tranquila.
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