O Ministério dos Negócios Estrangeiros revelou, esta terça-feira, que tem estado (e pretende continuar) a "acompanhar de perto a situação dos cidadãos portugueses" em território turco, na sequência do "terramoto que atingiu, com forte impacto, a Turquia e a Síria", informa uma nota enviada pela tutela às redações.
Tal está a ser feito, referiu a mesma fonte, "através da Embaixada de Portugal em Ancara e do Gabinete de Emergência Consular".
O Ministério liderado por João Gomes Cravinho revelou ainda, a este propósito, que a Embaixada de Portugal em Ancara "tem identificado os portugueses que estão na região e encontra-se a estabelecer paradeiros" dos mesmos.
A tutela garantiu ainda estar a fazer "todas as diligências possíveis" para identificar essas pessoas, "num contexto em que as comunicações e a energia elétrica em algumas zonas ainda estão inoperacionais", explica no comunicado.
O Governo português deu ainda conta, por esta via, que a "Embaixada de Portugal em Ancara tem estado em contacto com um grupo de seis jovens portugueses que se encontravam em Erasmus+, acompanhados por duas professoras, confirmando que estão em segurança e procurando agora uma via segura para a sua saída do país".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros desaconselhou, também, as "viagens não essenciais na e para a Turquia", segundo consta na informação veiculada no Portal das Comunidades. É ainda pedido aos cidadãos portugueses no país que sigam as recomendações das autoridades locais, e que entrem em contacto com a embaixada de Portugal em Ancara.
Para contactos em caso de emergência, a Embaixada de Portugal em Ancara criou um grupo de WhatsApp, com o intuito de facilitar a comunicação, que pode ser acedido por via do número +90 532 605 13 57. Os cidadãos portugueses na Turquia podem ainda contactar os serviços consulares por e-mail (gec@mne.pt) ou telefone (+351 217 929 714 ou + 351 961 706 472).
O Ministério dos Negócios Estrangeiros manifestou ainda, no mesmo comunicado, "o seu pesar e solidariedade às famílias e amigos dos afetados pelo desastre", bem como para "com o povo e as autoridades turcas" - comprometendo-se, com elas, a "prestar todo o apoio necessário".
De recordar que, na madrugada de segunda-feira, um abalo de magnitude 7,8 teve epicentro a 33 quilómetros da capital da província de Gaziantep, no sudeste da Turquia, nas proximidades da fronteira com a Síria.
A esse sismo seguiram-se dezenas de réplicas - uma delas, inclusive, de magnitude 7,6. De momento, contabilizam-se já mais de 5.000 mortos em ambos os países e, pelo menos, 20 mil feridos na sequência deste desastre natural.
Após ter conhecimento destes factos, a comunidade internacional uniu-se para demonstrar a sua solidariedade para com os países afetados, bem como para prestar apoio aos mesmos, ajudando-os a robustecer as equipas de resgate e prestando ajuda humanitária.
[Notícia atualizada às 13h06]
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