São vários os autocarros já estacionados nas imediações da praça do Marquês de Pombal, onde professores de todo o país que vão participar na manifestação nacional estão já a concentrar-se para uma marcha que vai descer a Avenida da Liberdade e continuar até ao Terreiro do Paço.
Ao som de apitos e bombos, e acompanhados por um grande dispositivo policial, os manifestantes que já chegaram estão a organizar-se para a marcha que deverá arrancar cerca das 15h30, empunhando faixas, bandeiras e t-shirts que servem de tela para as suas reivindicações.
A manifestação nacional, em Lisboa, é convocada pela Federação Nacional de Professores (Fenprof), mas conta também com a participação da Federação Nacional de Educação (FNE) e outras sete organizações sindicais, bem como da Associação de Oficiais das Forças Armadas e de representantes da PSP.
O Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP), que ainda tem uma greve a decorrer nas escolas, não faz parte dos organizadores, mas já anunciou que vai estar presente.
As duas últimas grandes manifestações em Lisboa aconteceram em janeiro e foram organizadas pelo STOP, levando milhares de docentes para as ruas gritar por "Respeito" e "Melhores Condições de Trabalho".
No início do ano letivo, a tutela decidiu iniciar um processo negocial para rever o modelo de contratação e colocação de professores, mas algumas propostas deixaram os professores revoltados, como foi o caso da possibilidade de os diretores poderem escolher parte da sua equipa.
Desde então, as negociações entre sindicatos e ministério têm decorrido em ambiente de forte contestação, com os professores a realizarem greves e manifestações.
Fora da agenda negocial, estão reivindicações que os professores dizem que não vão abandonar, tais como a recuperação do tempo de serviço ou as progressões na carreira que os docentes.
A plataforma sindical que organizou o protesto de hoje prometeu que no final da manifestação serão apresentadas futuras ações de protesto.
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