"Violência doméstica continua a ser um problema grave", alerta Marcelo
O Presidente da República alertou hoje que a violência doméstica "continua a ser um problema grave" na sociedade portuguesa, alegando que as vítimas têm "medo de denunciar" e das consequências da queixa.
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País Violência doméstica
Em declarações aos jornalistas no final de mais uma edição da iniciativa "Músicos no Palácio de Belém", o chefe de Estado foi questionado sobre os números divulgados hoje relativos à violência entre casais.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que "é um problema que continua grave na sociedade portuguesa", desde logo "por causa da não denúncia, do medo de denunciar, do medo das consequências da denúncia, da dificuldade de criar - que estão a ser criadas progressivamente - estruturas de apoio e de enquadramento de quem denuncia, de quem sofre esse tipo de violência".
Num comunicado divulgado hoje para assinalar o dia dos namorados, a GNR indicou que registou 1.421 crimes de violência no namoro em 2022, mais 28,5% do que em 2021.
De acordo com aquela força de segurança, 17% dos casos registados são relativos a menores de 25 anos.
Também a Polícia de Segurança Pública (PSP) anunciou hoje ter registado 2.109 queixas de violência no namoro em 2022, o que representou um aumento de 10% em cinco anos.
A PSP precisou que, entre 2018 e 2022, recebeu 10.480 queixas por violência no namoro, sendo a maioria das vítimas mulheres.
Segundo a PSP, em 2018 foram registadas 1.920 queixas, no ano seguinte 2.185, em 2020 diminuíram para 2.051, voltando a subir em 2021 para 2.215 e, no ano passado, as denúncias voltaram a baixar, registando-se 2.109.
Leia Também: GNR registou 1.421 crimes de violência no namoro em 2022
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