Em comunicado, emitido após reunião ocorrida na quinta-feira, aquele conselho garante ainda que irá reforçar a sua "determinação de criar uma cultura de cuidado e transparência" nas instituições da arquidiocese.
"O conselho permanente deste órgão diocesano assume toda a dor das vítimas, testemunhada no relatório elaborado pela Comissão Independente para o estudo dos abusos sexuais de crianças na Igreja Católica Portuguesa. Comungando das palavras do presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, este conselho pede perdão a todas vítimas que corajosamente deram o seu testemunho, silenciado durante tantos anos", refere o comunicado.
O conselho sublinha e agradece "o empenho de todas as pessoas que diariamente trabalham pela instauração da justiça e do bem comum".
O Conselho Presbiteral de Braga é um órgão consultivo que promove, de forma institucional, o diálogo entre os presbíteros e o seu arcebispo, para o ajudarem no governo da Arquidiocese.
O relatório recebeu 512 testemunhos validados, o que permitiu a extrapolação para a existência de, pelo menos, 4.815 vítimas, tendo sido enviados 25 casos para o Ministério Público.
O distrito de Lisboa concentra o maior número de casos (120), seguindo-se os distritos do Porto (64 casos) e de Braga (55 casos), Santarém (26 casos), Aveiro (24 casos), Leiria (21 casos), Coimbra (19 casos), Setúbal (18 casos), Viana do Castelo (15 casos), Viseu e a Região Autónoma da Madeira (14 casos), Bragança (13 casos), Évora e Guarda (12 casos) e Castelo Branco (11 casos).
Os restantes distritos do país apresentam menos de 10 casos.
A Conferência Episcopal Portuguesa vai tomar posição sobre o relatório, de quase 500 páginas, numa Assembleia Plenária agendada para 3 de março, em Fátima.
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