"Rússia falhou objetivo de um eventual golpe de Estado", diz Marcelo

As declarações foram proferidas pelo chefe de Estado no dia em que se assinala o primeiro ano completo de invasão do país sobre a Ucrânia e antes de um jantar com refugiados ucranianos, na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa.

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Ema Gil Pires
24/02/2023 19:27 ‧ 24/02/2023 por Ema Gil Pires

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta sexta-feira que a "Rússia falhou o seu objetivo de um eventual golpe de Estado e de substituir o presidente Volodymyr Zelensky".

As declarações foram proferidas pelo chefe de Estado no dia em que se assinala o primeiro ano completo de invasão do país sobre a Ucrânia e antes de um jantar com refugiados ucranianos, na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa.

"A Rússia falhou na ideia de uma invasão que pudesse atingir Kyiv e de poder ocupar metade, um terço ou um quarto do território da Ucrânia. Também falhou no fechar do acesso ao sul e ao mar, por parte da Ucrânia", enumerou Marcelo Rebelo de Sousa, quando questionado sobre os jornalistas sobre o assunto.

Considerando que a "Ucrânia venceu estas várias frentes de batalha", o Presidente da República fez questão de destacar que, "neste momento", a guerra está a entrar num "período decisivo".

Isto porque em causa está um período em que "depois de um inverno frio e do degelo, existirão as grandes batalhas clássicas no terreno e que, apesar de ninguém saber quanto demorarão, podem demorar uns meses", argumentou Marcelo Rebelo de Sousa.

É isso que, na perspetiva do Presidente português, está em causa "para que a Ucrânia possa reconquistar o território perdido" e para a "Federação Russa, naturalmente, tentar manter o que puder daquilo que conquistou".

Neste âmbito, Marcelo Rebelo de Sousa destacou ainda o "apoio ocidental, dos Estados Unidos e da União Europeia" - que, na sua ótica, "vai ser muito importante para essas ofensivas ucranianas que determinarão aquilo que se vai passar até ao verão ou à transição para o outono".

Questionado sobre se pensa que, daqui a um ano, estaremos a assinalar esta data num clima de paz na Europa, Marcelo Rebelo de Sousa foi perentório: "Desejaria que sim". E acrescentou: "Por todas as razões do mundo. E acredito que os americanos também, porque têm eleições".

Olhando para o contexto nacional, o chefe de Estado recordou que vão existir, no próximo ano, eleições europeias, em maio. "E nada pior do que ter uma guerra e, ao mesmo tempo, campanha eleitoral de um e de outro lado do Atlântico", rematou.

Desde o início da guerra, que teve início a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

Até agora, mais de 8.000 civis já morreram, ao passo que mais de 13.000 ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).

[Notícia atualizada às 19h52]

Leia Também: Guerra será "uma realidade que todos gostarão de evitar", diz Marcelo

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