O protocolo foi assinado em Lisboa entre a Fundação JMJ Lisboa 2023 e a Associação de Apoio à Vítima (APAV).
De acordo com o coordenador-geral da JMJ, o bispo-auxiliar de Lisboa, Américo Aguiar, é "uma obrigação" da organização que "todas as pessoas se sintam num ambiente acolhedor", mas "tudo pode acontecer" com um milhão de peregrinos esperados no evento, que decorre de 1 a 6 de agosto.
O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 ressalvou, no entanto, em declarações aos jornalistas, que "o historial" de criminalidade das sucessivas JMJ "é muito baixo, quase zero".
A colaboração com a APAV, que envolveu um custo para a organização da JMJ de 100 mil euros, suportado com o apoio da Sé de Lisboa, prevê atuar na "prevenção, proteção e resposta a incidentes que possam envolver jovens participantes na jornada".
A APAV irá dar formação a voluntários e colaboradores, auxiliar o dispositivo de segurança e prestar apoio personalizado a eventuais vítimas de crimes durante e após a JMJ.
Uma equipa móvel terá "técnicos disponíveis para se deslocarem e prestarem, sempre que necessário, serviços de apoio ao peregrino, nas cidades-dioceses de acolhimento de Lisboa, Santarém e Setúbal", segundo uma nota de imprensa hoje divulgada após a assinatura do protocolo, acrescentando que a JMJ irá ter igualmente um centro de apoio à vítima.
A linha telefónica de apoio à vítima, gratuita (116 006), será reforçada durante o evento.
O presidente da APAV, João Lázaro, enalteceu que pela primeira vez "um evento com a envergadura" da JMJ tenha considerado o "foco das vítimas" no seu planeamento.
A JMJ acontece a cada dois, três ou quatro anos numa cidade escolhida pelo Papa.
Lisboa foi a cidade escolhida em 2019 para acolher a Jornada de 2022, que transitou para 2023 devido à pandemia de covid-19.
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