Em comunicado, a diocese liderada pelo bispo José Ornelas, também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, informa que, além do leigo "dispensado de funções", há ainda o nome de outro "cuja identificação ainda não está cabalmente determinada, podendo tratar-se de uma pessoa já falecida".
Quanto aos restantes três nomes, referem-se a três padres já falecidos.
"A Diocese de Leiria-Fátima, a sua Comissão de Proteção de Menores e de Adultos Vulneráveis e todos os organismos que a compõem, continuam empenhados, em comunhão com toda a Igreja, em acolher, escutar e acompanhar as vítimas e em prevenir e tratar devidamente qualquer forma de abuso de menores e adultos vulneráveis, adotando uma atitude de 'tolerância zero' perante tais situações", acrescenta o comunicado.
A Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais na Igreja Católica validou 512 testemunhos, apontando, por extrapolação, para pelo menos 4.815 vítimas. Vinte e cinco casos foram enviados ao Ministério Público, que abriu 15 inquéritos, dos quais nove foram arquivados.
Os testemunhos referem-se a casos ocorridos entre 1950 e 2022, o espaço temporal abrangido pelo trabalho da comissão.
No relatório, divulgado em fevereiro, a comissão alertou que os dados recolhidos nos arquivos eclesiásticos sobre a incidência dos abusos sexuais "devem ser entendidos como a 'ponta do iceberg'" deste fenómeno.
A comissão entregou aos bispos diocesanos listas de alegados abusadores, alguns ainda no ativo.
Leia Também: Abusos? "Confio que a Igreja saiba superar esse problema, agindo"