O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior lamentou "profundamente", este domingo, "o desaparecimento do Comendador Rui Nabeiro".
"Presidente e fundador do Grupo Nabeiro - Delta Cafés, em 1961, Rui Nabeiro destacou-se como um empresário cuja visão era assente em dinâmicas e práticas inovadoras e na promoção da formação superior e profissional, princípios que aplicou em todos os domínios do seu trabalho e legado que deixou", pode ler-se no comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Na área da formação, frisa a nota, deixa o Centro Internacional Comendador Rui Nabeiro, "criado para desenvolver a formação contínua dos seus quadros e renovação e inovação das competências técnicas dos trabalhadores da empresa, tendo por base a ideia de que a valorização dos recursos humanos é o que está na base da capacidade competitiva do tecido empresarial".
Já este ano´, recorda o Ministério, o Centro Internacional de Pós-Graduação Rui Nabeiro promoveu a conferência 'O Ensino Superior Enquanto Dinamizador do Desenvolvimento e da Coesão Territorial', "em linha com as preocupações e prioridades definidas pela área governativa da ciência, tecnologia e ensino superior, demonstrando a capacidade de Rui Nabeiro estar atento aos desafios da sociedade atual".
Por fim, referem-se a Rui Nabeiro como um homem empreendedor e de "ética irrepreensível" que deixa ainda o Centro Escolar Comendador Rui Nabeiro e o Centro Educativo Alice Nabeiro, em Campo Maior, "cujos métodos de ensino se baseiam na inovação tecnológica e pedagógica, na promoção da criatividade e no espírito empreendedor".
Recorde-se que no ano passado, Rui Nabeiro recebeu o grau de Doutor Honoris Causa, atribuído pela Universidade de Coimbra, "pelo indiscutível mérito profissional e qualidades humanas de referência", e já em 2006 a Universidade Évora lhe tinha atribuído o mesmo título, "pela sua defesa do ensino superior e da ciência e pelas suas preocupações com as alterações climáticas e defesa da biodiversidade".
Segundo a missivas, "o país fica hoje mais pobre ao perder uma referência do empreendedorismo nacional", que acreditava que a formação, a investigação cientifica e a inovação deviam ser a base do conhecimento aplicado ao setor empresarial e industrial do país.
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