Nabeiro era um homem "de excelência" que revitalizou o café em Angola
O diretor geral da Angonabeiro, subsidiária da Delta Cafés em Angola, disse hoje que Rui Nabeiro era "um ser humano de excelência" e será sempre "um verdadeiro exemplo de empreendedorismo", que "revitalizou" a fileira do café em Angola.
© Getty Images
País Rui Nabeiro
Para Nuno Moinhos, o comendador Rui Nabeiro, que morreu no domingo vítima de doença, em Portugal, "foi e será sempre" um "verdadeiro exemplo de empreendedorismo, de sonhos e de luta, era um líder visionário, um ser humano de excelência".
"Uma inspiração para todos e um amigo, um homem que teve sempre muitos sonhos e objetivos traçados e que não baixava os braços enquanto não os concretizava", disse hoje Nuno Moinhos à Lusa, recordando os feitos do "homem do café".
Segundo o diretor geral da Angonabeiro, o fundador do grupo Nabeiro -- Delta Cafés dizia que "foi o café angolano" que o tinha feito dedicar-se a este negócio.
"Começou a sua vida com Angola, porque este país era o principal fornecedor de café a Portugal e de facto em toda a sua vida nunca esqueceu Angola e nunca esqueceu o café angolano", salientou.
"Se o nosso café é hoje reconhecido nacional e internacionalmente é graças ao trabalho do comendador. Além de ter ativado e revitalizado a fileira do café em Angola e ter criado a marca, Ginga hoje considerado o melhor café de Angola, teve a capacidade de levar o café angolano a mais de 50 países do mundo", acrescentou.
O empresário Rui Nabeiro, de acordo com o diretor-geral da Angonabeiro, será sempre lembrado como o 'homem do café', "mas não só, acima de tudo, será lembrado pelo seu sorriso e pelo seu humanismo".
Uma expressão que sempre o caracteriza é, sublinhou: "Saber rir é saudável e transporto todos os dias isso para a rua e para trabalho, o meu sorriso é a alma dessa atitude".
"É de facto deste modo que vamos ter de recordar Rui Nabeiro, o homem generoso, sempre atento e comprometido e que agia com todos de igual forma, era um homem muito humano e carinhoso", realçou.
De acordo com Moinhos, o comendador sempre tratou os colaboradores como família, "uma família que está hoje mais pobre, mas, acima de tudo, uma família que está empenhada em continuar a honrar o legado que Rui Nabeiro deixa".
Reafirmou que Rui Nabeiro estará sempre ligado ao café de Angola, por ter apoiado o crescimento da fileira do café, desde logo, notou, ao estimular a produção nacional de forma transversal com o arranque da fábrica da AngoNabeiro.
A compra de todo o café angolano, em grandes e médias fazendas e/ou em pequenos agricultores, era um dos mecanismos para a estimulação da sua produção, realçou, afirmando que a Angonabeiro apoia hoje mais de 20 mil famílias "que dependem exclusivamente do cultivo do café".
"Deixa-nos uma missão em Angola que é de continuarmos a apoiar o desenvolvimento de toda a fileira do café, desde o cultivo até a sua transformação e a sua comercialização para que o café angolano volte a conquistar o prestígio que merece, tanto no mercado interno como a nível internacional", rematou Nuno Moinhos.
O empresário Rui Nabeiro, fundador do Grupo Nabeiro - Delta Cafés, no domingo aos 91 anos, na sequência de problemas respiratórios, no Hospital da Luz, em Lisboa.
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