Sindicatos da Educação dizem que ministério desmantelou mesa única

Nova reunião da tutela com sindicatos vai decorrer a 5 de abril, mas as estruturas acusam o ministério de ter desmantelado a mesa única de negociações.

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Notícias ao Minuto
31/03/2023 23:55 ‧ 31/03/2023 por Notícias ao Minuto

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Educação

"As organizações sindicais ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU foram convocadas para reunião a realizar no próximo dia 5 de abril, às 15h00 horas", explicaram os sindicatos, em comunicado enviados às redações.

Para esta reunião, a segunda do processo negocial, "o Ministério da Educação (ME) decidiu desmantelar a mesa negocial única que reuniu em 22 de março", altura em que "informou ser sua intenção voltar ao formato de 4 mesas negociais, tendo estas 9 organizações requerido a manutenção da mesa única".

Neste âmbito, os sindicatos dizem que "ficou a saber-se que o ME constituiu uma mesa com as 9 organizações, tendo constituído outra mesa com as demais 3 (SIPPEB, SNPL e STOP)". Não se sabe, no entanto, alegam as estruturas, "se tal decorreu de pedido daquelas organizações ou de decisão arbitrária do ME".

"A reunião negocial de dia 5, que é convocada sem respeito pelos 5 dias úteis que a lei impõe, terá como único ponto em agenda a alegada correção de assimetrias na carreira decorrentes dos períodos de congelamento", lê-se ainda na missiva, onde os docentes acusam que "para as organizações sindicais de docentes, as assimetrias existentes na carreira não decorrem dos períodos de congelamento, mas das políticas de desvalorização da profissão docente que têm vindo a ser desenvolvidas pelos diversos governos, sobretudo desde 2007".

Nesta reunião, "as organizações defenderão a única posição que poderá repor a justiça na carreira e na profissão: a contagem integral do tempo de serviço, incluindo o tempo perdido entre as transições de carreira, nomeadamente em 2007 e em 2010", prometem ainda os sindicatos.

"[As organizações] estão abertas a negociar um período de faseamento para garantir esta contagem integral do tempo cumprido pelos docentes e pretendem que, por opção, os docentes possam usar o tempo não contado para despenalizar a antecipação da aposentação ou majorar o valor da pensão", conclui a missiva, onde os sindicatos asseguram que "o que não aceitarão é que o ME avance com uma proposta que não recupera um só dia dos que estiveram congelados e continuam por recuperar".

Leia Também: Professores? "Não faremos com que a carreira fique congelada novamente"

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