Morreu, aos 85 anos, o empresário da cidade do Porto Agostinho Barrias, que está intrinsecamente ligado ao Guarany e ao Majestic, dois cafés icónicos da cidade a Norte.
O anúncio foi feito pelo próprio filho, Filipe Barrias, numa publicação no Facebook, seguindo-se uma torrente de homenagens das mais variadas figuras da cidade.
Entre elas Tiago Barbosa Ribeiro, vereador socialista da Câmara Municipal do Porto, que descreveu Barrias como um "empresário de exceção, homem discreto e humilde".
"É à sua visão e investimento que devemos, para além de cafés históricos como o Majestic, o Guarany ou o Eça, o Hotel Aliados e outros espaços de referência do Porto", continuou Barbosa Ribeiro, considerando que foi "um empresário com forte consciência cívica, social e solidária, próximo dos seus trabalhadores e de uma economia ao serviço das pessoas e da comunidade".
Ao socialista juntou-se, nas homenagens, um companheiro de partido: o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, que foi líder da distrital do Porto.
"Foi toda a vida um homem de trabalho, rigoroso mas afável. Percebeu muito cedo o valor do património e conseguiu evitar a destruição do Majestic para o transformar numa agência bancária, décadas antes da proliferação de turismo que hoje o Porto vive", contou Pizarro.
O ministro realçou que Barrias "continuou sempre a empreender e a trabalhar, mantendo um forte pendor social", e que "teve um início de vida humilde e difícil, tendo ficado órfão e emigrado para o Brasil ainda criança".
"O Porto deve-lhe muito e eu presto-lhe aqui a minha sentida homenagem", concluiu.
O empresário "fica para a história como empreendedor e regenerador de marcas importantes na cidade do Porto", realçou, por sua vez, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), que lamentou "profundamente" a morte de Barrias, seu associado.
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