O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, afirmou, esta terça-feira, que o alerta de risco de incêndio em vários concelhos do país "deve preocupar toda a comunidade nacional" e não apenas o Governo e lembrou que Portugal tem registado as temperaturas "mais quentes de sempre".
Lembrando, após uma reunião com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), que 2023 tem sido o ano "mais quente de sempre desde que há registo histórico" - tendo o mês de fevereiro "sido o mês mais quente" e abril "ultrapassado as temperaturas historicamente registadas" - e que "tem havido menos pluviosidade e menos humidade", José Luís Carneiro frisou que "os níveis de seca extrema e severa em vários pontos do país têm vindo também a manifestar-se".
Neste sentido, as autarquias devem ter os Planos Municipais de Defesa das Florestas contra Incêndios "aprovados e atualizados" e os cidadãos "manter os trabalhos de limpeza", caso as condições o permitam.
Questionado sobre o risco de incêndio em vários concelhos, esta terça-feira, o ministro considerou que "deve preocupar toda a comunidade internacional" e não apenas o Ministério da Administração Interna.
"Temos estado a viver picos consecutivos de temperaturas máximas, ou seja, acima daquilo que já é considerado de elevado risco de incêndio, temos tido humidade também abaixo daquilo que já é também um indicador de alto risco de incêndio e temos também já seca em várias partes do território nacional", afirmou.
Sublinhe-se que quase 30 concelhos de Faro, Castelo Branco, Santarém, Coimbra, Portalegre e Guarda apresentam, esta terça-feira, um perigo máximo de incêndio rural, segundo o IPMA, que prevê ainda temperaturas máximas de 36 graus em Santarém, 35 em Évora, 34 em Leiria e 33 em Castelo Branco e Beja.
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