Propostas do Governo "não respondem" aos anseios dos professores

O secretário-geral adjunto da Federação Nacional de Professores (Fenprof) disse hoje, em Bragança, que as propostas apresentadas pelo Governo não respondem "claramente" aos anseios dos professores, tais como a mobilidade por doença ou o descongelamento das carreiras.

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Lusa
08/05/2023 14:23 ‧ 08/05/2023 por Lusa

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Fenprof

"As três propostas apresentadas pelo Governo até ao momento, como a mobilidade por doença, concursos, e aquilo que chamaram de correção das assimetrias, que tem a ver com o descongelamento das carreiras, não respondem, claramente, àquilo que são as reivindicações dos professores, "disse Francisco Gonçalves, que se juntou à luta dos professores em Bragança.

O dirigente sindical acrescentou ainda, sobre os outros problemas que afetam a classe docente, como as aposentações, burocracia e indisciplina, que os professores "não têm qualquer resposta para estes problemas", vincou.

Manuel Pereira, professor e representante da Federação Nacional de Educação (FNE), que também marcou presença nos protestos, disse que os professores já há vários anos que andam em luta para convencer o Governo a "dar valor e respeitar a profissão, que é um dos pilares da sociedade e que esta cada vez mais ignorada".

"A luta vai continuar até que consigamos convencer o Governos a olhar para nós [professores] de outra forma. Para que tal aconteça, nesta manifestação e greve marcaram presença vários sindicatos", indicou o docente transmontano.

As greves distritais de professores e educadores entram hoje na última semana, devendo manter-se o nível de participação das semanas anteriores, acima dos 80%, e hoje foi a vez dos professores de Bragança se manifestarem em frente ao Agrupamento de Escolas Emídio Garcia onde proferiam palavras de ordem contra a política do Governo para a carreira docente.

Para já não foi divulgada a adesão à greve, o que deverá acontecer a meio da tarde, visto que há outra concentração de professores em Bragança.

A greve foi convocada por uma plataforma de nove sindicados, incluindo a Associação Sindical de Professores Licenciados (APSL), Federação Nacional dos Professores (FENPROF), Federação Nacional da Educação (FNE), Pró-Ordem dos Professores (PRÓ-ORDEM), Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados (SEPLEU), Sindicato Nacional dos Profissionais de Educação (SINAPE), Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (SINDEP), Sindicato Independente dos Professores e Educadores (SIPE) e Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (SPLIU).

Leia Também: "O Governo tem de perceber que os professores não irão parar"

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